Um ataque com tiros e bombas contra um autocarro perto da capital do Iraque matou 52 prisioneiros e nove policiais nesta quinta-feira, disseram fontes do Ministério da Justiça, num momento no qual os políticos enfrentam pressão para formar um governo de coligação que possa enfrentar a insurgência sunita, tendo escolhido o curdo Fouad Masoum para presidir o país.
O autocarro transportava prisioneiros de uma base militar na cidade de Taji para Bagdád, quando foi atingido por bombas na estrada, disseram as fontes. Então, homens armados abriram fogo.
Grande parte do recente banho de sangue no Iraque está ligado a divisões sectárias que se aprofundaram desde que militantes sunitas, anteriormente conhecidos como Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), tomaram o controle de partes do norte do Iraque no mês passado, e declararam a criação de um império islâmico. Militantes sunitas têm realizado ataques ao redor dos limites ao sul de Bagdá.
Em simultâneo, milícias xiitas têm ativamente atuado em distritos rurais de Bagdád, sequestrando sunitas que suspeitam fazer parte da militância. Muitos aparecem mais tarde mortos.
Esse vaivém de ataques se intensificou dramaticamente desde que a militância sunita avançou em direção à capital iraquiana, no mas sério desafio ao governo liderado por xiitas do primeiro-ministro Nuri al-Maliki desde a retirada de forças dos Estados Unidos em 2011.
Assassinatos em massa se tornaram uma ocorrência regular no Iraque pela primeira vez desde os piores dias de “limpeza” étnica e sectária, em 2006-2007. O motivo das mortes de quinta-feira não estava imediatamente claro. Em Junho, 69 prisioneiros foram mortos ao serem transportados de uma cidade próxima para Bagdá.