Um agressor matou pelo menos 84 pessoas, entre elas crianças, e feriu dezenas ao conduzir um camião em alta velocidade contra uma multidão que acompanhava fogos de artifício em pleno feriado nacional na França, Dia da Bastilha, na cidade de Nice, na noite desta quinta-feira, informou a mídia local, citando autoridades.
A polícia atirou e matou o motorista, que conduziu o camião pesado ao longo da famosa Promenade des Anglais, atingindo os espectadores no final da noite, disse a autoridade regional Sebastien Humbert à rádio France Info.
O homem abriu fogo contra a multidão, afirmou o chefe do governo local Christian Estrosi à BFM TV, e armas e granadas foram encontradas dentro do camião depois que ele foi morto.
“É uma cena de horror”, declarou o membro local do Parlamento Eric Ciotti à France Info, dizendo que o camião acelerou ao longo do passeia diante do Mediterrâneo, “derrubando centenas de pessoas”.
Segundo outras autoridades, o número de feridos era de centenas. Humbert descreveu o incidente como um ataque criminoso claro, embora o motorista ainda não tenha sido identificado. Moradores da cidade mediterrânea perto da fronteira italiana foram aconselhados a ficar em casa. Não havia nenhum sinal de qualquer outro ataque.
Uma mulher contou à France Info que ela e os outros fugiram, aterrorizados: “O camião veio em ziguezague ao longo da rua. Corremos para um hotel e nos escondemos na casa de banho com muita gente.”
Oito meses atrás, em 13 de Novembro, militantes do Estado Islâmico mataram 130 pessoas, no mais sangrento em uma série de ataques na França e na Bélgica, nos últimos dois anos.
No último domingo, a França suspirou aliviada quando o Campeonato Europeu de futebol terminou sem ataques.
A polícia negou rumores na mídia social de uma posterior tomada de reféns. Ataques com veículos têm sido usados ??por membros isolados de grupos militantes nos últimos anos, particularmente em Israel, assim como na Europa, embora nunca com efeito tão devastador.
A cidade de Nice, com uma população de cerca de 350.000 e situada no departamento francês dos Alpes Marítimos, tem visto alguns dos seus moradores muçulmanos viajar para a Síria para lutar, um caminho percorrido por agressores anteriores do Estado Islâmico na Europa.
O presidente francês, François Hollande, que estava no sul da França no momento do ataque mas correu de volta a Paris para o centro nacional de crise, havia dito horas antes que o estado de emergência posto em prática após os ataques de Paris, em Novembro, não seria estendido quando expirasse, em 26 de Julho.