Pelo menos 14 pessoas morreram, esta semana, num ataque a uma mesquita na capital da Somália, Mogadíscio, onde durante três dias os confrontos entre grupos rebeldes e as forças governamentais terão causado 65 mortos e mais de 190 feridos.
Um dos homens presentes na mesquita, Hassan Abdifatah, contou à AFP que o morteiro atingiu a porta daquele local de culto. “Contei 14 pessoas mortas e 10 feridos”, adiantou. Na mesquita estava muita gente, uma vez que se aproximava a oração do meio-dia. Mumin Haji Yusuf disse ter visto “sangue e pedaços de corpos por todo o lado”.
O Governo interino da Somália, liderado por Sheikh Sharif Ahmed, conta com a oposição de vários grupos rebeldes e os confrontos já causaram milhares de mortos desde 2006 e forçaram mais de um milhão a procurar refúgio em locais mais seguros.
Durante o fim-de-semana, centenas de apoiantes do Governo e membros da milícia fundamentalista Shabaab confrontaram-se com armas automáticas no norte de Mogadíscio. “Matámos um incontável número de combatentes ligados ao Governo e islamistas moderados. Os seus corpos ficaram pelas ruas”, disse à Reuters Sheikh Mohamed Ibrahim Bilal, um dos responsáveis da milícia Shabaab, que agora reivindica o controlo da região a norte de Mogadíscio. “Expulsámo-los de cinco posições essenciais, incluindo o estádio de futebol de Mogadíscio”, garantiu.
Nesses confrontos morreram 50 pessoas e 181 ficaram feridas, noticiou a Reuters com base em testemunhos e fontes hospitalares. A estas mortes juntam-se as que ocorreram na mesquita. “Quiseram atingir os que vieram para as orações da tarde”, explicou uma testemunha, Hassan Abdulle. Um outro homem, Osman Ali, contou à agência britânica que há vários estrangeiros entre os combatentes. “Vejo árabes de barba longa por todo o lado.”
A informação não foi confirmada por fontes independentes, mas há muito que agências de segurança ocidentais estão preocupadas com o facto de a Somália se transformar num santuário para os terroristas.
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