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AT nomeia novo director e movimenta quadro

A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) confirmou na última sexta-feira a movimentação de quadros na instituição, naquilo que, de acordo com palavras dos dirigentes desta importante instituição na vida do país, visa, basicamente, reforçar a capacidade de gestão nos sectores da AT. Na mesma sexta-feira, a instituição empossou o novo Director da Auditoria, Investigação e Inteligência da Alfândegas de Moçambique, sensivelmente duas semanas depois do bárbaro assassinato, com recurso a armas de fogo, do até então Director daquela unidade fundamental na estratégia e investigativa da instituição, Orlando José.

O novo homem forte da Auditoria, Investigação e Inteligência tem como nome Paulino Aziza Dala e é comissário aduaneiro. Vai dirigir interinamente a direcção e em acumulação com as funções de Director Regional Centro da Alfândegas de Moçambique.

De acordo com palavras de Rosário Fernandes, Presidente da AT, a nomeação do novo director da inteligência, assim como de outros sectores, foi feita com convicção e certeza de que a instituição que dirige iria aumentar o nível de exercício das suas competências, particularmente no que diz respeito ao combate ao contrabando, fraude fiscal, descaminho de direitos e outras formas de evasão fiscal que continuam a lesar o Estado em milhões de Meticais.

A sessão de empossamento de novos quadros iniciou com um minuto de silêncio em honra à figura do antigo director da inteligência, tendo o Presidente da AT, dito na ocasião as seguintes palavras: “É com dor, angústia e consternação, saudade de um amigo e colega, profissional dedicado… que esta dor sirva de inspiração para alcançarmos os objectivos centrais e estratégicos da nossa missão. É preciso persistência, porque só assim iremos conseguir alcançar os objectivos pelos quais morreu um colega nosso” – disse Fernandes recordando-se do antigo director da inteligência.

Falando a jornalistas naquela mesma sexta-feira, o Director Geral da Alfândegas de Moçambique não aceitou fazer um paralelismo directo entre a morte do director da inteligência e as movimentações que agora foram feitas. Na verdade, exceptuando Gaza e Inhambane o resto das províncias e alguns distritos tem novos directores alfandegários.

O Director Geral classificou as movimentações como processo normal que deve acontecer de forma rotineira na instituição tal como está estatuído. Sobre o curso das investigações para se apurar as reais circunstâncias e motivações que ditaram o assassinato de Orlando José, Domingos Tivane não avançou qualquer informação, tendo pedido que qualquer informação em relação ao assunto fosse buscada junto das autoridades policiais.

Recorde-se que as autoridades policiais, recentemente, anunciaram a detenção de um suposto integrante do grupo que assassinou Orlando José, mas nem nome, nem sexo, nem idade, nem raça, nem as circunstâncias e grau de envolvimento do tal indivíduo detido a polícia conseguiu dar. Esta falta de informação levanta fortes suspeitas de que as autoridades policiais estejam apenas a querer lavar a sua imagem perante a opinião pública, mas que, na verdade, ainda não existe uma real detenção em torno do assassinato de Orlando José.

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