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Associações dinamizam recolha de lixo nos bairros

Diversos bairros da cidade de Maputo estão a melhorar o sistema de limpeza através da criação de pequenas associações que promovem a recolha de lixo das ruas do interior para um ponto de onde, com alguma facilidade, o Concelho Municipal pode removê-lo para a lixeira.

Trata-se de grupos criados a nível dos próprios bairros, cujos operadores são os associados que, numa primeira fase, devem ser residentes locais e recebem um fundo do município para o seu funcionamento, no âmbito da taxa de lixo.

Para o efeito, o Concelho Municipal abriu espaço para os bairros se organizarem em microempresas responsáveis pela recolha de lixo na zona, cabendo à edilidade o seu transporte para o aterro sanitário.

Essas campanhas já estão a produzir resultados considerados positivos nalguns bairros, como é o caso do de Urbanização, pioneiro da iniciativa, onde funciona a Associação de Água e Saneamento do Bairro da Urbanização (ADASBU), na Polana.-Caniço funciona a Prolimpeza, sendo que no Inhagóia, Mafalala, 25 de Junho e Hulene, opera a Xivoningo.

Esta situação faz com que a problemática de acumulação de resíduos sólidos seja paulatinamente resolvida, mesmo com o aumento da produção de lixo, para além do funcionamento deficitário da lixeira de Hulene, em consequência de esta mostrar já não possuir capacidade para receber mais resíduos . Há momentos em que a lixeira de Hulene funciona a meio-gás, uma vez que a entrada de camiões com lixo recolhido em várias partes da cidade é feita de forma condicionada, porque o acesso fica obstruído com resíduos depositados em dias anteriores.

Pouco ou quase nada se sabe sobre o assunto, presumindo-se que o problema resulte do facto de aquele aterro sanitário, por sinal o único da cidade-capital, encontrar-se cheio.

Esta pode ser uma das razões que contribui para o surgimento de pequenos focos de lixo na cidade, não obstante existirem equipas do Concelho Municipal envolvidas na recolha destes resíduos.

Entretanto, informações do município dão conta de que a recolha de detritos nas zonas de cimento e na periferia ronda à volta de 80 por cento do que é produzido diariamente. Estimativas da edilidade indicam, igualmente, que por dia são produzidas na cidade de Maputo cerca de 1100 toneladas de resíduos sólidos.

Refira-se que desde Agosto do ano passado que as autoridades municipais estão a consolidar uma nova estratégia de gestão de resíduos sólidos, com a abertura de espaços para a concessão da gestão de lixo aos privados. / Jornal Notícias

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