A Associação Provincial de Futebol de Nampula, Norte de Moçambique, realizou, no último sábado (02), a sua Assembleia Ordinária, cujo objectivo era apresentar e aprovar o relatório de actividades da época 2012, os planos do orçamento e de actividades para 2013, o regulamento de provas e avaliar o decurso do Campeonato Provincial de Futebol da edição passada.
Participaram no encontro oito dos catorze clubes, nomeadamente Benfica de Nampula, Sporting de Nampula, Benfica de Monapo, Casa Issufo Futebol Clube, Hospital Central de Nampula, Benfica de Moma, Desportivo e Ferroviário, ambos de Nacala.A assembleia contou com a participação do presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Faizal Sidat, e a Directora Provincial da Juventude e Desporto de Nampula, Ângela Reane.
Na ocasião, Sidat ofereceu um computador completo àquela agremiação. Durante aproximadamente cinco horas a tónica dominante do debate foi o vandalismo dos recintos desportivos, um fenómeno que vigora no “Nampulense”.
Só no ano passado, Nampula registou mais de oito casos de agressões nos campos de futebol, dos quais os dois mais graves ocorreram no distrito de Nacala-Porto e Monapo, onde a Polícia foi obrigada a disparar e a usar gás lacrimogéneo para dispersar e acalmar a euforia dos adeptos.
Na cidade registaram-se três casos, um no Campo Francisco Carvalho Durão e outro no Estádio 25 de Setembro e no 25 de Junho.
As causas da agitação dos adeptos e simpatizantes dos clubes têm sido poucas claras, mas a alegada má arbitragem, que já levou a que alguns jogos fossem interrompidos, é tida como uma das explicacões.
O presidente do clube Benfica de Nampula, Abdul Hanane, sugere que se crie o que chama de adeptos fiscalizadores, cuja tarefa será vigiar, nos dias de jogos, as bancadas mais turbulentas e os protagonistas de prováveis escaramuças.
Ele sustenta a sua opinião com o facto de alguns agentes da Polícia que têm sido destacados para os recintos desportivos serem passivos. Aliás, nas suas palavras, certos casos de vandalismo ocorrem sob um olhar impávido e sereno dos mesmos.
A presidente a Assembleia de Mesa na Associação Provincial de Futebol de Nampula, Felicidade da Costa, disse, no final do encontro, que os problemas levantados pelos clubes são todos relevantes e mostram que há uma preocupação com o crescimento do desporto nesta parcela do país.
Da Costa pediu aos clubes a interagirem com a massa associativa de modo a ultrapassar-se a problemática de agressões dos árbitros nos campos. Para ela, este fenómeno mancha a província de Nampula e há necessidade de envolver toda comunidade porque o desporto é saúde, alegria e acima de tudo amizade.
O presidente da Associação Provincial de Futebol de Nampula, Tomas Narciso, disse que a sua agremiação planificou para o presente ano dialogar com os sócios e adeptos dos clubes que vão participar no Campeonato Provincial.
A campanha de sensibilização dos associados arranca nos nomeados de Fevereiro corrente. Entretanto, na presente época do “Nampulense” espera-se a participação de apenas oito equipas, o que de certa foram poderá minimizar o fenómeno de vandalismo nos recintos desportivos.
O Instrutor da Comissão Nacional de Árbitros de Futebol de Nampula, Alfredo Chiridza, lamentou o facto de a CANAF promover, anualmente, a capacitação dos árbitros, deixando de lado os instrutores que também podiam aperfeiçoar os seus métodos de trabalhos e a posterior formar os árbitros provinciais.
