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Assim como o presidente da África do Sul, Guebuza deveria vir a público fazer o teste de HIV para se

A informação de que o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e os ministros do seu Governo virão a público se submeterem ao teste de HIV no 1º de Dezembro, Dia Mundial de Combate ao Sida, foi elogiada por activistas moçambicanos, que sugeriram a mesma atitude do Presidente de Moçambique, Armando Emílio Guebuza.

“Esta medida tomada pelo Governo sulafricano é um bom exemplo que devia ser seguido pelo nosso Governo”, disse o Coordenador Nacional do Movimento de Acesso ao Tratamento em Moçambique, César Mufanequiço .

Para ele, a Sida é vista pela população como uma doença de pobres, mas se o presidente vier a público fazer o teste, essa percepção, por parte da população, será desmitificada . “As participações políticas não deviam ser apenas nos discursos, mas também em acções concretas como esta”, comentou Mufanequiço . Joshua Mulondo, da Rede Moçambicana de Organizações contra a SIDA, a MONASO, acredita que o país está a precisar de uma atitude encorajadora como a de Zuma .

“Quem sabe a partir disso as pessoas mudam de comportamento. É necessário que os nossos governantes tomem poisção semelhante”, disse. O representante da Rede Cristã de Moçambique, Octávio Mabunda, defendeu a ideia de Guebuza vir a público fazer o teste de HIV, mas ressaltou que “isso sirva para sensibilizar a sociedade e não apenas para adquirir popularidade.”

O assunto ganhou notoriedade internacional no dia 15 do corrente mês com a publicação de uma reportagem do jornal canadiano Globe and Mail. De acordo com o texto do jornalista Geoffrey York, que ressalta que o assunto já é destaque na comunicação social sulafricana, a ambiciosa campanha vai envolver médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que indicarão o teste a todos os pacientes, e as celebridades exortarão a importância da testagem.

“Esta será uma campanha de mobilização massiva”, disse Zuma ao jornal. “Todos os sul-africanos precisam saber o seu estado de seropositividade e ser informados sobre as opções que têm de tratamento” ,acrescentou. As relações históricas entre Moçambique e África do Sul que vão desde o apoio da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) contra o apartheid no país vizinho, passando pelo casamento de Graça Machel com Nelson Mandela, pode agora ter um capítulo importante na luta contra o estigma, caso os presidentes dos dois países venham, realmente, a fazer o teste em público .

Para o Dia Mundial de Combate ao Sida deste ano, Moçambique prepara-se justamente para focar na importância do teste de HIV. No 1º de Dezembro de 2007, quando o assunto foi o mesmo, Guebuza esteve na Cerimónia Central, onde estavam presente vár ias unidades de aconselhamento e testagem, mas não fez o teste . Será desta vez? Os activistas pela luta contra o HIV e Sida em Moçambique pedem que sim.

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