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As grandes finais da história dos Mundiais da FIFA

A final da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010 ficará na história não só por ser a primeira que se realiza no continente africano mas também porque o venceder, seja Holanda ou Espanha, será o oitavo país a entrar para o seleto grupo dos campeões do mundo. Recorde-se algumas das finais mais memoráveis dos Campeonatos do Mundo da FIFA.

Uruguai x Argentina, Uruguai 1930 (4 a 2 para o Uruguai)

O Estádio Centenário, em Montevidéu, foi o palco da final da primeira edição da Copa do Mundo da FIFA. Os argentinos saíram para o intervalo vencendo por 2 a 1, mas os anfitriões viraram no segundo tempo com golos de Pedro Cea, Victoriano Iriarte e Héctor Castro. Jules Rimet entregou pessoalmente o primeiro troféu. Sem surpresa, decretou-se feriado no país campeão do mundo no dia seguinte à conquista, para que o povo uruguaio festejasse à vontade.

Uruguai x Brasil, Brasil 1950 (2 a 1 para o Uruguai)

Após o bicampeonato italiano em 1934 e 1938, a Copa do Mundo da FIFA voltou à América do Sul para a sua quarta edição. O Brasil construiu o maior estádio do planeta para a ocasião e não decepcionou ao chegar ao jogo decisivo da rodada final. A Seleção comandou a festa abrindo o placar aos dois minutos do segundo tempo. Mas diante de 173.850 espectadores, os uruguaios calaram o Maracanã ao virarem com golos de Juan Schiaffino e Alcides Ghiggia. Considerada uma das maiores desilusões da história do torneio, a partida permanece gravada na memória coletiva brasileira como tragédia, o chamado Maracanazo.

Alemanha Ocidental x Hungria, Suíça 1954 (3 a 2 para a Alemanha Ocidental)

A final da Copa do Mundo da FIFA 1954 ficou conhecida como o “Milagre de Berna”. Os alemães contrariaram todos os prognósticos ao derrotarem os famosos “magiares mágicos”, considerados amplamente favoritos. Os húngaros saíram na frente com Ferenc Puskas logo aos seis minutos. Aos oito, Zoltan Czibor ampliou. Pouco depois, porém, Max Morlock e Helmut Rahn empataram para o selecionado germânico. A seis minutos do apito final, Rahn marcou o golo da reviravolta e do título. Uma alegria imensa tomou conta do povo alemão, que acompanhava a partida pelo rádio escutando os comentários eufóricos do jornalista Herbert Zimmermann: “Acabou! Acabou! Acabou! A Alemanha é campeã do mundo vencendo a Hungria por 3 a 2!”

Brasil x Suécia, Suécia 1958 (5 a 2 para o Brasil)

O Brasil tornou-se o quarto país campeão do mundo após uma final que guardará para sempre a marca do Rei Pelé. Depois de garantir a presença da Seleção na finalíssima marcando três golos contra a França na semi, o craque se tornou o jogador mais jovem da história a balançar as redes na decisão da Copa do Mundo da FIFA, aos 17 anos e 249 dias. O terceiro golo brasileiro, obra de arte do jovem prodígio, entrou para os anais do futebol mundial: Pelé recebe na grande área, dá um chapéu magistral no adversário e dribla o guarda-redes sueco com um sem-pulo fantástico. O camisa dez ainda ampliou a contagem no último minuto, selando o primeiro dos cinco títulos que o Brasil conquistou até hoje.

Inglaterra x Alemanha Ocidental, Inglaterra 1966 (4 a 2 para a Inglaterra, após prolongamento)

O cineasta Alfred Hitchcock poderia ter escrito o roteiro desta final cheia de suspense, que viu a Inglaterra sagrar-se campeã do mundo pela primeira e única vez da sua história. Os anfitriões ganhavam por 2 a 1 e a torcida inglesa já comemoravam o título quando Wolfgang Weber empatou para os alemães no último minuto do tempo regulamentar. No prolongamento, Geoffrey Hurst marcou duas vezes e tornou-se o primeiro jogador a fazer três golos em uma decisão de Mundial. Ao término do jogo, os torcedores invadiram o gramado do Estádio de Wembley para comemorarem a façanha junto com os heróis.

Holanda x Alemanha Ocidental, Alemanha Ocidental 1974 (2 a 1 para a Alemanha Ocidental)

Depois de uma campanha perfeita rumo à final, ninguém duvidava que a Laranja Mecânica conquistaria o seu primeiro título. O selecionado de Rinus Michels não tinha perdido nenhum jogo e havia superado o Brasil, então tricampeão do mundo, com golos de Johan Neeskens e Johan Cruyff para chegar à decisão. Na finalíssima, os holandeses marcaram primeiro na transformação de em penalti.

Neeskens marcou o golo mais rápido de uma final de Copa do Mundo da FIFA, 90 segundos depois do pontapé inicial. Mas os alemães igualaram o placar, também de pênalti, cobrado por Paul Breitner. O lendário artilheiro Gerd Müller pôs fim às ilusões holandesas fazendo o segundo gol da Alemanha e dando ao futebol do país o bicampeonato mundial. A Holanda fracassaria de novo, quatro anos depois, na Argentina.

Alemanha x Argentina, Itália 1990 (1 a 0 para a Alemanha)

Esta final foi uma vingança da disputada no México 1986, quando Diego Maradona e Cia. deram à Argentina o segundo título mundial. Em 1990, no entanto, a alegria foi alemã. O selecionado de Franz Beckenbauer deve a conquista a Andreas Brehme, que converteu um penalti cinco minutos antes do apito final. Canhoto, o defesa alemão surpreendeu a todos chutando com a perna direita. A Alemanha foi tricampeã do mundo e Beckenbauer tornou-se, depois do brasileiro Mario Zagallo, o segundo nome na história a erguer o troféu da FIFA como jogador e como técnico.

Brasil x França, França 1998 (3 a 0 para a França)

Depois de sagrar-se tetracampeão mundial em 1994, o Brasil chegou à final quatro anos depois determinado a colocar uma quinta estrela no seu uniforme. A seleção dirigida por Aimé Jacquet, no entanto, estragou os planos brasileiros e venceu a partida por 3 a 0. Graças aos golos de Zinedine Zidane, que fez dois de cabeça na sequência de marcações de pontapés de canto, e de Emmanuel Petit, a França entrou para o clube das nações campeãs do mundo.

As imagens da avenida Champs-Élysées tomada pelos franceses na noite de 12 de julho de 1998 e do presidente Jacques Chirac eufórico entraram para a história.

Alemanha x Brasil, Coreia do Sul/Japão 2002 (2 a 0 para o Brasil)

A final da Copa do Mundo da FIFA 2002 foi a primeira disputada fora dos continentes europeu e americano. Ronaldo foi o herói incontestável da partida: marcou o golo da vitória, ofereceu o pentacampeonato ao futebol brasileiro e ganhou a Chuteira de Ouro adidas. O capitão Cafu também entrou para a história por disputar a sua terceira decisão de Mundial. Essa final foi a sétima tanto para o Brasil quanto para a Alemanha.

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