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As finanças de Michael Jackson, um segreto bem guardado

O real estado das finanças do cantor Michael Jackson, que morreu na quinta-feira aos 50 anos de idade, é um segredo muito bem guardado: a única certeza é que a série de shows que ele havia anunciado para julho em Londres tinha como objetivo aliviar a sua situação.

Outra coisa é certa: a melhor decisão financeira de sua vida foi adquirir, em 1985, a editora musical ATV, proprietária da maior parte do catálogo dos Beatles, por 47,5 milhões de dólares. Dez anos depois, Jackson investiu o dinheiro na Sony, para criar uma empresa conjunta que tinha 50% de suas ações nas mãos de uma sociedade em seu nome.

Hoje, a Sony/ATV possui os direitos sobre as canções de Michael Jackson, dos Beatles, de Bob Dylan e de Joni Mitchell, além de outros artistas celebrados da atualidade, como Lady Gaga e os Jonas Brothers. Os números sobre o faturamento desta empresa não são conhecidos, o que dificulta saber quanto de lucro Jackson recebia – e quanto gastava com seu estilo de vida extravagante.

O Wall Street Journal afirmou nesta sexta-feira que Michael Jackson ganhava 19 milhões de dólares por ano atualmente, dos quais sete milhões eram fruto de sua participação na Sony/ATV. O valor da empresa é estimado em dois bilhões de dólares, segundo fontes próximas à Sony/ATV, o que equivaleria a um bilhão de dólares para a sociedade em nome de Jackson.

“Do ponto de vista estrutural, nada muda” com a morte do cantor, explicou a mesma fonte. Esta fortuna, no entanto, não impedia que o ‘rei do pop’ estivesse passando por graves dificuldades financeiras. Num polêmico processo por abuso sexual em 2005, as autoridades informaram que Jackson gastava de 20 a 30 milhões de dólares por ano – muito mais do que ganhava – e que havia acumulado dívidas no valor de 270 milhões de dólares.

Há algumas semanas, o empresário Tom Barrack, proprietário da sociedade financeira Colony Capital, que decidiu ajudar o cantor no ano passado, explicou ao jornal Los Angeles Times que viu em Michael Jackson um “ativo subestimado”. “É um sujeito que poderia ganhar 500 milhões de dólares por ano se colocasse seu coração no que fazia”, comentou na época.

Foi Barrack quem convenceu a produtora AEG a organizar uma lucrativa série de shows em Londres a partir de julho, com a expectativa de arrecadar entre 50 e 100 milhões de dólares. O último álbum do músico foi lançado em 2001, e sua última apresentação aconteceu em 1997.

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