As crianças priorizam o trabalho infantil e relegam a escola porque pensam que essa é uma ocupação que constituiu uma parte dos seus direitos, concluiu um estudo realizado por um estudante da Universidade Pedagógica (UP), Delegação de Nampula.
De acordo com a investigação feita para compreender as causas que contribuem para a prática do trabalho infantil, o grosso dos petizes dedica-se a essa actividade para assegurar o sustento das respectivas famílias devido às precárias condições financeiras.
Arlett Mário, estudante que desenvolveu o referido estudo inserido nas aulas práticas, observou-se que o comércio informal, sobretudo, a venda de amendoim torrado, banana e água gelada, é desenvolvido por crianças cuja maioria reside com os seus pais.
Dos 100 menores abrangidos pela pesquisa, 82 porcento afirmou que o trabalho infantil é um direito e 72 porcento de pais defendem o mesmo.
Nesse contexto, segundo o pesquisador, é premente as entidades competentes realizarem um trabalho com vista a garantir o domínio dos direitos e deveres das crianças. O Governo deve trabalhar para motivar as crianças a não abandonarem a escola como forma de preparar o seu futuro.