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Arqueólogos descobrem um túnel que pode levar a túmulos de governantes históricos no México

A descoberta de milhares de objectos, como pedras preciosas e figuras de madeira bem conservadas, dentro de um túnel sob a cidade pré-hispânica de Teotihuacán reforçou a teoria de que seria possível encontrar as tumbas perdidas dos seus antigos governantes, disseram os arqueólogos, esta quarta-feira (29), no México.

Depois de vários anos de exploração do túnel, de mais de 100 metros de extensão e no qual ninguém entrava há 1.800 anos, os pesquisadores do Instituto Nacional de Antropologia e História mexicano revelaram que as paredes e o tecto estão repletos de minerais com os quais os teotihuacanos recriavam o submundo.

A descoberta inédita compõe mais de 50 mil peças, algumas delas únicas, como figuras de pedra ou de madeira que foram conservadas por centenas de anos a 18 metros abaixo do solo.

O lugar, onde encontraram-se objectos que datam de 250 anos d.C., haviam servido tanto para vestir os governantes quanto para enterrá-los, uma hipótese defendida por arqueólogos desde que souberam pela primeira vez da existência do túnel, em 2003.

“Pela magnitude das oferendas, dos materiais que estamos a encontrar, não pode ser outro lugar, este é o lugar onde devem estar sepultados”, disse numa conferência de imprensa o arqueólogo responsável pelo projecto, Sergio Gómez.

Os restos dos governantes da cidade, fundada há cerca de 2.500 anos e onde encontram-se as famosas pirâmides do Sol e da Lua, ainda não foram encontrados. Para os especialistas, haveria condições de revelar o mistério até o fim de 2015.

Os pesquisadores acreditam que eles estão a dois metros de onde estariam sepultados os restos dos governantes. Gómez, que trabalha desde 2010 com dois robôs fabricados especialmente para o projecto, disse que a busca na última parte do túnel terá que ser feita de forma manual por causa da grande quantidade de humidade no local.

“Já estamos nas câmaras, retiramos sedimentos de 60 ou 70 centímetros, mas falta ainda aprofundarmo-nos num ou dois metros de onde pensamos que esteja algo muito importante”, acrescentou.

Além das figuras, também encontram-se sementes que datam daquela época, pedras preciosas trazidas do Golfo do México e algumas bolas de borracha de um tradicional jogo, embora muitos destes objectos nunca tenham sido utilizados e só serviram para oferendas.

Declarada Património Histórico da Humanidade pela Organização das Nações Unidas (ONU), Teotihuacán alcançou o seu apogeu entre os anos 250 e 500 d.C., quanto teve uma população de cerca de 150 mil habitantes e chegou a ser a sexta maior cidade do mundo depois de Constantinopla e Alexandria.

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