Depois do festival de golos perdidos contra a Nigéria o ataque alvi celeste entrou no estádio Soccer City, na tarde desta quinta-feira, disposta a provar todos os créditos que tem. Sem grande espectáculo e ainda sem o brilho de Messi e Di Maria, Gonzalo Higuaín foi herói que marcou três dos quatro golos da vitória sobre a Coreia do Norte. Mas se a equipa de Maradona tem o melhor sector atancante do Mundial a fragilidade da sua defesa ficou evidente no lance do golo de honra dos coreanos.
Irónico é que com um tridente tão espectacular no ataque quem abriu caminho para o triunfo da Argentina o sul-coreano Chu-Young, que aos 17 minutos marcou por infelicidade na própria baliza. Higuaín ampliou de cabeça, e Chung-Young diminuiu antes do intervalo, aproveitando falha de Demichelis. Higuaín completou o serviço aos 76 e aos 80 minutos e saiu aplaudido pelos 82.174 adeptos em Joanesburgo.
Nos primeiros 15 minutos, pouco aconteceu a Argentina controlou o jogo veio para o ataque mas a Coreia do Sul inteligente pressionou e tapou os caminhos da sua baliza. Teve que ser através de uma jogada de bola parada, tal como no primeiro jogo, para a Argentina abrir caminho rumo a vitória. Messi marcou um falta da esquerda e com a valiosa ajuda Chu-Young, um avançado que estava na sua àrea a defesa. A bola bateu na canela dele e enganou o guarda-redes Sung-Ryong, que ainda tentou esticar o pé esquerdo.
O golo animou os argentinos, que tinham em Tevez e Di Maria os seus maiores focos de brilho dentro do campo. Bem marcado, Messi não conseguiu produzir muito no início do jogo. Maradona foi obrigado a substituir o defesa Samuel, com uma lesão na coxa, por Burdisso, a passagem do minuto 20. Há males que vem para o bem e a entrada de Burdisso foi crucial para o segundo golo. Maxi Rodríguez marca um livre na linha de fundo, lança Messi, recebe de volta, e cruza para a área onde estava Burdisso, 11 minutos depois de entrar, que desvia o cruzamento de cabeça, a bola passou por toda a defesa sul coreana até chegar a Higuaín que, sozinho na pequena área, cabeceou para o chão para fazer o segundo golo da sua seleção e o seu primeiro no jogo.
O jogo corria bem para a Argentina até Demichelis facilitar na defesa, falhou um domínio da jabulani e deixou a bola passar para Chung-Yong, o sul-coreano não se fez rogado e invadiu a área, rematando na saída de Romero para o 2 a 1, foi o último lance do primeiro tempo.
Depois do descanso os argentinos voltaram ao ataque, mas os asiáticos estavam galvanizados com o golo de honra. Depois de muito trabalho no jogo Tevez cedeu o seu lugar ao genro do treinador, Agüero. E foi ele que tabelou com Messi na jogada do terceiro golo. O craque invadiu a área e rematou para defesa com do guarda-rdes com o pé esquerdo, e a bola voltou para Messi que rematou e a bola acertou no poste e sobrou para Higuaín, quase em cima da linha do golo, o atacante só empurrou para a rede: 3 a 1.
Com a vantagem confortável a Argentina passou a brilhar um pouco e Messi conseguia mais espaços. O camisa 10 fez um passe pelo alto novamente para Aguero, seriam ordens de Maradona para passarem a bola ao seu genro, que cruzou para a cabeça de Higuaín, que mais uma vez só teve que empurrar para o fundo das redes sul coreanas: 4 a 1, e o seu hat trick. Maradona tirou o avançado mais cedo para que ouviste os aplausos dos adeptos.
A Argentina está confortável na primeira posição do Grupo B e só precisa de um ponto para garantir o seu apuramento, que também pode acontecer sem esse ponto, se os seus adversários não conseguirem todos os pontos ainda em disputa.
Na próxima jornada, a terceira e última, joga-se na terça-feira e a Argentina enfrenta a Grécia que precisa de ganhar para carimbar o seu passaporte para os oitavos de final.
