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Arão Nhancale renuncia ao cargo de presidente do município da Matola

O Presidente do Conselho Municipal da Cidade da Matola, Arão Nhancale, apresentou nesta segunda-feira (6), à Assembleia Municipal, uma carta renunciando ao seu mandato por razões de força maior.

Segundo o jornal Notícias, a renúncia foi confirmada pelo Presidente da Assembleia Municipal, António Matlhaba, que acrescentou ainda que aquele órgão colegial, dotado de poderes deliberativos, deverá reunir-se na próxima semana, mais provavelmente na segunda-feira, em sessão extraordinária para tratar especificamente desta matéria.

Na sua carta de renúncia Arão Nhancale terá evocado, segundo o jornal Notícias, razões de força maior, sem no entanto especificá-las.

A carta renúncia de Arão Nhancale, onde o Edil terá evocado razões de força maior, sem no entanto especificá-las, dá entrada numa altura em que faltam seis meses para o final do presente mandato, o que não abre espaço jurídico para a realização da eleição intercalar. Segundo o jornal Notícias, nestes termos, Arão Nhancale poderá ser substituído interinamente, pelo Presidente da Assembleia Municipal, até as eleições autárquicas agendadas para 20 de Novembro do corrente ano.

Refira-se que apesar do relatório do desempenho da edilidade ter sido aprovado por consenso pela Assembleia Municipal, Arão Nhancale foi alvo de uma moção de censura dos membros do Comité da Frelimo na cidade da Matola, partido que suportou a sua candidatura ao cargo. Na altura, o Secretário-Geral da Frelimo, Filipe Paunde, de visita à província de Maputo, comentou que a censura não tinha efeitos suspensivos, mas que não era bom sinal para uma possível continuação de Nhancale à frente dos destinos da autarquia.

Nhancale tem sido também muito contestado pelos munícipes da Matola pela sua inoperância, e mesmo alguma incompetência, na gestão e busca de soluções para os problemas básicos da edilidade.

No mandato prestes a terminar renunciaram mandatos três presidentes de conselhos municipais, designadamente de Quelimane, na Zambézia, de Pemba, em Cabo Delgado e de Cuamba, no Niassa, dando espaço à realização de eleições intercalares. Realizou-se também uma eleição intercalar no município de Inhambane por morte do titular do cargo.

 

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