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Arábia Saudita condena ativista de Direitos Humanos a 15 anos de prisão

Um tribunal de Jeddah condenou o importante advogado de direitos humanos da Arábia Saudita Walid abu al-Khair a 15 anos de prisão no domingo, por acusações que incluíam tentativas de questionar o país e insultar o judiciário, informou a agência de notícias estatal. Abu al-Khair estava a ser julgado por acusações de sedição, que incluíam negar lealdade ao rei Abdullah, mostrar desrespeito pelas autoridades, criar uma associação não autorizada e incitação da opinião pública.

O ativista de direitos humanos também foi multado em 200 mil riyals (53,3 mil dólares), proibido de sair do reino por mais 15 anos e teve todos os seus sites na internet tirados do ar, disse a SPA. Além da sentença de domingo, ele tinha sido condenado por um tribunal de Jeddah, em outubro do ano passado, a três meses de prisão, por ter assinado uma petição em 2011 contra a prisão de um grupo de ativistas que exigia reformas políticas.

Abu al-Khair, fundador e diretor de uma organização chamada Monitor de Direitos Humanos na Arábia Saudita, fez críticas a uma nova lei antiterrorismo que foi aprovada pela Arábia Saudita no começo do ano, e que foi amplamente condenada por ativistas de direitos humanos como sendo uma ferramenta para sufocar a dissidência. A lei antiterrorismo determina que crimes de terrorismo incluem qualquer ato que “perturbe a ordem pública, abale a segurança da sociedade, ou submeta a unidade nacional ao perigo, ou obstrua o sistema primário de leis ou prejudique a reputação do país”.

No último ano as autoridades sauditas têm sido criticadas por grupos de direitos internacionais por prenderem vários ativistas proeminentes, por acusações que vão desde a criação de uma organização ilegal, até prejudicar a reputação do país. O principal exportador de petróleo do mundo tem rejeitado regularmente críticas dos países ocidentais e de grupos de campanha, em relação ao seu histórico de direitos humanos.

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