As autoridades do Paraguai apreenderam, terça-feira, mais de 860 quilos de cocaína em Porto Fénix, localizado na cidade de Mariano Roque Afonso, e que tinha como destino Moçambique.
A operação foi realizada pela Polícia Nacional e por agentes fiscais da unidade de combate a droga. Segundo a Policia Nacional do Paraguai, citado pela Rádio Moçambique (RM), a droga estava no interior de um contentor, escondida sob um carregamento de arroz.
A mesma está avaliada em cerca de 120 milhões de dólares ao valor da rua. O contentor vinha de Ciudad del Este, na divisória com a cidade brasileira de Foz do Iguaçu (PR), segundo informou o jornalista Osvaldo Cazenave, do jornal ABC Color. A cocaína, acondicionada em 140 sacos, era proveniente da Bolívia.
A operação foi encabeçada pela Polícia Nacional e pelo Ministério Público paraguaio. Dentro de cada bolsa havia cerca de sete tabletes. Até o início da noite de terça-feira o total pesado já passava dos 870 quilos e a polícia não descarta a possibilidade de apurar uma quantidade maior.
Miguel Ángel Acosta, director dos Serviços das Alfandegas do Paraguai, confirmou que o carregamento da droga estava em nome de Ángel Tomás Aguayo Saldívar e deveria ser enviada ao seu destino na tarde desta terça-feira. Um despachante identificado como José Domingo Martínez foi detido durante a operação.
De acordo com informações, a polícia deveria abrir na quarta-feira um outro contentor. Fontes policiais garantem que esta é a maior apreensão de cocaína da história do Paraguai. A suspeita dos investigadores é que dois contentores possuem droga e que a carga pode passar de uma tonelada.
Durante a operação policial várias pessoas foram detidas, inclusive ainda há buscas em curso em distintos pontos da localidade de Gran Asunción, à procura de narcotraficantes ligados ao envio de drogas para a Europa e de outras pessoas vinculadas ao tráfico internacional de drogas.
A mega operação foi executada pelo grupo de Coordenação de Investigações Aduaneiras (CIA), integrada por polícias da Inteligência do Combate ao Narcotráfico da Polícia Nacional, funcionários da Aduana e agentes da DEA, da Embaixada dos Estados Unidos, que receberam informação confidencial sobre a movimentação dos traficantes que tentavam enviar a droga para Moçambique.