O Governo moçambicano, o Banco Mundial e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) estão preocupados com o facto de o sector privado nacional não estar a tirar proveito das oportunidades de financiamento disponibilizadas por estas instituições financeiras internacionais.
O facto foi evidenciado num encontro que teve lugar sexta-feira em Maputo, que juntou na mesma mesa representantes do Governo, do Banco Mundial, do Banco Africano de Desenvolvimento e da Confederação das Associações Económicas de Moçambique CTA, que tinha como principal ponto de sua agenda a divulgação das oportunidade de Crédito existentes para o sector privado. Das constatações saídas deste encontro apurou-se que a adesão de Moçambique nas instituições da “Brreton Woods” há mais de vinte anos, a Corporação Financeira Internacional (IFC), braço empresarial do Banco Mundial, investiu apenas 113 milhões de dólares norte-americanos em oito programas nacionais.
Segundo escreve o matutino “Notícias”, na sua edição de hoje, o montante foi investido nos sectores financeiro, agricultura comercial, produção de metais primários, hidrocarbonetos e em quatro projectos de seguimento das pequenas e medias empresas.
Enquanto isso, os financiamentos disponibilizados pelo BAD ascendem a 1,3 bilião de dólares norte-americanos mas, apenas parte insignificante destinou-se ao financiamento directo ao sector privado, numa altura em que se espera que os montantes desta ultima componente venham a triplicar a curto prazo.
Este facto, segundo revelação feita pelo Ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, acontece numa altura em a crise financeira internacional está a afectar a renda e o volume de exportações devido ao decréscimo dos preços e procura de mercadorias em particular as matériasprimas tais como o alumínio algodão e minérios.
Segundo o ministro, o Governo viuse forçado a reduzir as suas projecções para o Produto Interno Bruto (PIB) como resultado do impacto directo na redução da procura dos principais produtos de exportação moçambicanos.
Por seu turno, Alice Hamer, representante residente do BAD em Moçambique, disse que neste momento de crise em imprescindível encontrar soluções para financiar o sector privado devido ao papel que joga na criação de postos de trabalho.