António Muchanga, porta-voz do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, foi restituído à liberdade, na tarde desta terça-feira (19), na sequência da Lei de Amnistia aprovada pela Assembleia da República (AR), no âmbito dos consensos alcançados em sede do diálogo político entre o Governo e a Renamo, e que entrou em vigor a partir de segunda-feira (18), data em que foi publicada no Boletim da República.
António Muchanga foi preso a 07 de Julho passado, à saída do Conselho do Estado na Presidência, acusado de incitação à violência, de proferir discursos incendiários e de recorrer à Imprensa para o efeito.
À saída da Cadeia de Máxima Segurança, vulgo BO, Muchanga estava acompanhado pela sua advogada Alice Mabota mas ambos não falaram à Imprensa por motivos publicamente desconhecidos.
O visado é o primeiro, da parte da Renamo, a beneficiar da Lei de Amnistia, aprovada a 11 de Agosto em curso.
Refira-se que no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, a sentença de Muchanga foi lida por um escrivão na ausência da sua advogada, Alice Mabota. Esta é, também, presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH).