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Antigo Vereador de Pio Matos desvia tractor da edilidade no Município de Quelimane

Silva Mário Dubalelani, antigo braço direito de Pio Matos no Conselho Municipal de Quelimane, durante o mandato interrompido em Setembro do ano passado, levou um tractor pertencente à edilidade para Tete, onde tem negócios na área de madeira e construção civil.

Como Vereador para área de Desenvolvimento Autárquico, Silva Mário tinha poderes no município de Quelimane. Fez várias viagens com o edil cessante, Pio Matos para dentro e fora do país.

Aliás, este vereador, para além de vários bens em sua posse, havia parqueado uma viatura marca Mitsubishi Pajero, cor azul, na sua residência. Usou-o como se fosse um bem pessoal, mas afinal era uma viatura comprada pela edilidade.

E quando Pio Matos renunciou o mandato devido aos problemas psicológicos, o município ficou a saque. Cada um levou o que conseguia levar, na expectativa de que seria alguém da Frelimo a vir governar novamente e, tudo ficaria em segredo.

Até o governo provincial tentou monopolizar alguns bens da edilidade. Ora, Silva Mário é aquele vereador que era tido como peça chave, aquele mesmo que deixou o presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, sem assinar as contas da edilidade, por mais de trinta dias.

Silva andava em Tete onde fala-se que tem negócios na área de madeira e construção civil. No seu sumiço, uma vez que o município estava ingovernável, levou consigo, para Tete, um tractor pertencente ao CMQ.

No património municipal, na posse do actual elenco municipal, este tractor consta, mas quando se procurava no terreno, ninguém sabia dizer onde estava.

Este meio resultou dos bolsos dos munícipes de Quelimane, dai que, Silva Mário, ao levar para fins pessoais sem comunicar a ninguém, é tido como “ladrão”.

Aliás, foi assim que a bancada parlamentar da Renamo na Assembleia Municipal de Quelimane (AMQ), na voz do respectivo chefe da bancada, Noé Mavereca, não vê outro vocábolo para atribuir ao ex-vereador do Pio Matos, se não o nome de ladrão.

Mavereca diz que Silva Mário é ladrão e é mais um daqueles que só quer ver os munícipes de Quelimane a retardarem o seu desenvolvimento.

“Quando alguém leva um bem como tractor que foi comprado com o dinheiro dos munícipes desta cidade para fins pessoais, claramente, pode-se ver que nunca esteve preocupado para o bem destes munícipes” – disse Mavereca da Renamo.

Mais adiante, a fonte acrescentou que o tractor deve voltar, aliás, sugeriu aos membros da AMQ para que exijam mais um tractor novo, olhando o período que aquele meio ficou nas mãos do Silva, então, o chefe da bancada da Renamo, vê que facturou o suficiente para comprar um novo tractor.

Na sua locução, proferida na sessão desta Terça-feira, Mavereca diz que não pode dar espaço de manobra ao então vereador, convidando o edil de Quelimane, Manuel de Araújo para agir muito rapidamente, usando os mecanismos legais existentes neste país.

Araújo pede prudência

Por seu turno, o presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, após ouvir estes pedidos vindos da Renamo, pediu prudência, tendo dito que o senhor Silva Mário prometeu devolver o tractor até ao dia 31 do mês em curso.

Findo este prazo, de acordo com Araújo, a edilidade poderá usar os mecanismos existentes.

“Temos que acreditar nas palavras dele, porque na conversa que tive com ele, prometeu devolver, vamos aguardar até o prazo que ele próprio deu” – acalmou Araújo.

Frelimo, envergonhada, colocou a mão na consciência

Quando este debate veio ao de cima nenhum membro da bancada da Frelimo abriu a boca naquela magna sala da edilidade.

Um silêncio total, porque afinal Silva Mário vinha da Frelimo. A chefia da bancada e até da mesa da Assembleia, nada mais fez se não pegar a cabeça e baixar a cara para não ver ninguém que falasse deste assunto.

Recorde-se que não é só Silva Mário, mas também fala-se de vereador Santiago Marques que havia desviado uma viatura de marca ISUZU KB, caixa aberta, mas após várias investigações, ficou-se sabendo que a mesma estava guardada no armazém duma oficina de renome na praça e, a edilidade recuperou-a.

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