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Antigo quartel-general da Renamo tem armamento novo

O ex-major da guerrilha da Renamo, Albertino Bola, que decidiu desertar do grupo de homens armados deste movimento estacionados em Maríngue, na província central de Sofala, diz que o movimento liderado por Afonso Dhlakama mantêm, no seu antigo quartel general, armamento pesado em estado novo.

Entrevistado em Nhamapaza, nova sede do posto administrativo de Zóbuè, Bola, que desertou há um ano da floresta, abandonando a antiga base central da Renamo, disse que entre o armamento existente contam-se armas pesadas e ligeiras de defesa anti-aérea, morteiros de 60 e 80 milímetros e bazucas, algumas em estado considerado novo.

Sobre as razões de a Renamo manter homens armados na mata quase 19 anos após os acordos de Roma, Bola disse que o líder deste antigo movimento guerrilheiro alega que estão a defender democracia e que caso ele ganhe as eleições eles estarão bem na vida, facto que a fonte afirmou que não passa de uma falsa promessa.

Sem precisar o número exacto de homens armados que ainda se mantêm “entrincheirados” em Marínguè, o antigo oficial de guerrilha citado pelo jornal “Diário de Moçambique”, estimou que existam mais de 500 homens que mensalmente auferem salários que variam de 2.250 meticais para gente do seu escalão, 1.500 meticais para comandantes de pelotão e 1.200 meticais para elementos simples.

Bola disse também que conseguiu retirar do antigo quartel-general da Renamo quatro ex-colegas que com ele vivem actualmente na localidade de Gravata, entre eles, Luís Njanje e Tomé Jofrisse, este último falecido há uma semana vítima de dor de cabeça.

Sobre eventuais ameaças à sua integridade física, disse ter conhecimento apenas de que os homens armados dizem que o major Bola quer entregar antigos guerrilheiros ao Partido Frelimo, mas que para ele o importante é que os seus antigos companheiros saíam daquela “prisão”.

Quanto à situação social dos homens armados da Renamo, o entrevistado explicou que têm esposas e filhos que estudam, havendo alguns como ele que têm filhas que já se casaram.

Albertino Bola foi um dos vários populares que ontem usaram da palavra no comício com o Presidente da República em Nhamapaza, onde pediu esforços do Governo para que os seus antigos companheiros de trincheira não envelheçam na floresta e possam desfrutar de alguns frutos da paz.

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