Um total de 30 pessoas perderam a vida e outras 24 contraíram ferimentos, entre graves e ligeiros, durante o primeiro semestre do presente ano, no distrito de Mágoè, província de Tete, Centro de Moçambique, em consequência de ataques de animais bravios.
Adelso Cassamo, Director distrital das Actividades Económicas em Mágoè, disse que durante o mesmo período, este tipo de animais destruiu 30 residências, 18 embarcações (canoas) e mais de 80 redes de pesca artesanal. “A maioria das pessoas foi morta por ataques de elefantes, crocodilos e hienas nas zonas de Mussenguedzi, Bawa e Daqui”, disse Cassamo.
Além destes estragos, os animais bravios devoraram doze bovinos e 36 caprinos, e destruíram mais de 56 hectares de culturas diversas. Para minimizar os efeitos dos ataques dos animais bravios, as autoridades locais estão a levar a cabo diversas actividades com destaque para o afugentamento e abate de animais considerados problemático, segundo o “Notícias”. Uma actividade desenvolvida nesse âmbito é o Programa “Tchuma Tchato” destinado a preservação e gestão dos recursos naturais e faunísticos.
Contudo, este programa funciona com muitas dificuldades devido à exiguidade de recursos materiais e financeiros. A procura de água por parte dos animais tem estado na origem dos conflitos. A maioria da população faz as suas machambas ao longo das zonas baixas da albufeira de Cahora-Bassa.