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Aniano Tamele é, certamente, o vencedor da “Canção Mais Votada” do Ngoma Moçambique 2014

Aniano Tamele é

A passos bem largos para a gala final do Ngoma Moçambique, referente ao ano 2014, o músico moçambicano, nascido em Chibuto, aos 06 de Setembro de 1966, filho do “idolatrado defensor das mulheres”, Zeburane, Aniano Tamele continua na liderança desta que é a maior prova de música ligeira no país. Ao que se sabe, o homem de “Swivulavula” será o vencedor da “Canção Mais Votada”.

Para além desta antecipada vitória de Aniamo Tamele na categoria da “Canção Mais Votada”, outros indicadores apontam para ele como, também, vencedor do prémio da “Canção Mais Popular”, a que, durante jornadas, era disputado por Mr. Bow com “Massinguitana”, e Stewart Sukuma com “Felismina”.

Facto ainda incrível nesta edição do Ngoma é que o descendente de Zeburane, a quem pertence a missão de elevar o sobrenome que carrega – na luta pela valorização da mulher e não só – pode ser igualmente o escolhido para receber o galardão dos que há bastante tempo, ininterruptamente, fazem a música.

O “Prémio Carreira”, que tem sido atribuído aos músicos da terceira idade, este ano, pode trazer surpresas. Na verdade, o que dá esperança à Tamele e à todos os seus admiradores é o facto de o artista estar dentro das exigências protocolares: tem mais de 38 anos de percurso, acima das duas décadas e meia exigidos.

A carreira artística de Aniano Tamele inicia em 1976, graças à influência do seu pai, Eusébio Johane Tamele, ou simplesmente Zeburane. Na época, o músico a que nos referimos recebeu instruções sobre o canto por parte do seu progenitor, como também contou com o apoio dos irmãos Gustavo e Borges. O primeiro já faleceu.

Em 1978, Aniano Tamele entra, pela primeira vez, nos estúdios de gravação. “Tive a sorte de, muito cedo, aprender a tocar um instrumento musical a partir de uma viola precária feita com uma lata de azeite de cinco litros com três fios de sisal”, recorda-se o artista acrescentando que “então publiquei a música “Vulavula Nkata”, o mesmo que “Expressa-te esposa”. São tantas as narrativas deste homem, cujo ponto máximo é a mulher.

Por exemplo, na música “Nibiwa kangaki mina hisiku linwe?”, ou seja, “Quantas vezes sou espancada por dia?”, o artista fala sobre a violência doméstica a que a mulher é sujeita no lar. Essa verdade não só se verifica nessa música. Nas outras, Zeburane fala sobre ‘a violação sexual’, que se encontra no título “Tsunela seyo a nwana a vabvuaka” o mesmo que “Afaste-se porque a criança está doente”.

A sua relação com a música surgiu na época em que no seu bairro, Ntchanwane, na província de Gaza, se faziam rodas para se cantar e dançar ao ritmo de Makwaela e Xingomane. Mais tarde integrou o Grupo Polivalente Provincial. Trata-se de uma colectividade fundada por volta de 1978, composta por várias associações culturais.

Vila de Songo acolhe a final do Ngoma Moçambique A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) vai apoiar a finalíssima do concurso de música ligeira moçambicana conhecido por Ngoma Moçambique, que se realiza na Vila do Songo, na província de Tete, no próximo dia 27 de Março. A gala final do Ngoma será o primeiro evento a decorrer no Centro Cultural da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, naquela parcela do país.

O Ngoma Moçambique é o maior concurso de música ligeira nacional criado em 1987 com o objectivo de promover e valorizar os trabalhos e os respectivos criadores moçambicanos. Este concurso premeia músicos nas seguintes categorias: Melhor Canção, Canção Mais Popular, Melhor Voz Masculina, Melhor Voz Feminina, Prémio Fusão, Revelação Masculina, Revelação Feminina e Prémio Carreira.

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