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Angoche regressa à normalidade

Está retomada a vida normal na cidade de Angoche, depois da onda de agitação e violência, provocada por homens armados pertencentes à guarda pessoal do candidato presidencial da Renamo, Afonso Dhlakama, secundados por um numeroso grupo de apoiantes da Renamo.

 

Recorde-se que, na tarde de Domingo último, os membros da Renamo cercaram o edifício do comando distrital local da Polícia da República de Moçambique para exigir a libertação de dois correligionarios indiciados de violação da conduta eleitoral. Os actos de violência praticados pelos dois indivíduos da Renamo vitimaram um militante da Frelimo que se fazia transportar numa motorizada com uma bandeira hasteada do seu partido.

 

Segundo a PRM em Angoche, Mahamuri Saide, na companhia de outros dois correligionarios ora a monte, seguiu depois para uma casa de pasto no centro da cidade, onde espancaram violentamente todos os clientes que, na circunstância se encontravam naquele local, incluindo o respectivo proprietário que teve de ser socorrido no Hospital Geral local.

O outro apoiante da Renamo, de nome Armando Jamal, foi surpreendido a vandalizar a sede do comité do partido Frelimo, no posto ministrativo de Boila- Namitória, onde destruiu documentos importantes daquela formação política no poder. Denunciado ao posto policial, Armando Jamal foi detido e transferido para o comando da corporação em Angoche.

Furiosos com a detenção dos dois alegados membros da sua formação politica, os elementos da guarda pessal de Anfonso Dhlakama, candidato presidencial nas eleições de 28 de Outubro próximo, acompanhados por numerosos apoiantes, dirigiram-se ao comando local da PRM. Chegados ao local cercaram o edifício, exigindo a presença do comandante Adelino Muianga a fim de solicitar a libertação daqueles dois indivíduos.

Porém, enquanto decorria o diálogo entre a PRM e os elementos da guarda do líder da Renamo, os apoiantes deste partido na oposição protagonizaram actos de intimidação na cidade. Estes actos, aliados ao uso de armas de fogo do tipo AKM por parte dos sete guardas de Afonso Dhlakama trajados a rigor, entre outros à paisana, criaram um clima de tensão e pânico no seio dos munícipes.

Que seria agravado com o impasse do diálogo com o comando da PRM, que contou, na altura, com o reforço de um continenge das Forças de Intervenção Rápida enviada à Angoche na noite de sábado. A tensão só viria a abrandar na madrugada de domingo quando um grupo de deputados da Assembleia da República pela bancada da Renamo- União Eleitoral, nomeadamente Jose Palaço e Francisco Manteigas, coadjuvados por Ossufo Quitine, coordenador regional norte da “Perdiz”, tomou as rédeas visando a libertação dos implicados nos actos desordem pública. Importa salientar que a festividades do Eid Ul Fitre que marcam o fim do periodo do ramadan, foram afectadas em Angoche, uma vez que os munícípes e os muculmanos, em particular, temiam sair à rua e, sobretudo, diriirem-se às mesquitas, onde estavam programas orações para assinalar aquela data.

As negociações não surtiram os efeitos desejados por parte da Renamo, pois que Manuel Jeremias, chefe das operações do comando distrital da PRM em Angoche, viria a legalizar, na manhã de terça-feira, a prisão dos dois individuos, que deverão aguardar pelo julgamento nos calabouços. O candidato presidencial da Renamo, Afonso Dlhakama, que até a noite de domingo tencionava prosseguir a sua campanha eleitoral e do seu partido no distrito de Mogincual, mudou bruscamente para Moma, onde agendou um comício no posto administrativo de Larde.

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