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Alunos da 1ª e 2ª classes vão estudar mais de um mês sem livros em 2017

Os livros de distribuição gratuita da 1a e 2a classes do ensino público moçambicano só chegarão às escolas em finais de Fevereiro próximo, ou seja, semanas após o início do ano lectivo 2017, a 20 de Janeiro.

As aulas vão arrancar cedo, contrariamente ao habitual mês de Fevereiro, devido à realização do IV Recenseamento Geral da População e Habitação, bem como da 13ª edição do Festival Nacional dos Jogos Desportivos Escolares, em Agosto.

Segundo o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), os cerca de seis milhões de livros de Português e Matemática, encomendados para as duas classes iniciais do ensino primário, chegarão às escolas em finais de Fevereiro por questões ligadas a processos de produção.

Manuel Rego, secretário permanente daquela instituição do Estado, explicou que a preparação dos conteúdos do novo manual da 1a classe só ficou pronto para a impressão em Setembro último e as gráficas precisam de 120 dias para a impressão.

Em relação ao livro da 2a classe, a demora na alocação deve-se à “dificuldade de emissão de cartas de crédito para a gráfica que ganhou o concurso”.

De acordo com Rego, carta de crédito é um instrumento bancário e financeiro que assegura à empresa que será paga pela produção dos manuais. A falta do referido material didáctico, nas primeiras semanas de aulas, será compensada com um programa de formação destinado aos professores, disse o secretário permanente, no sábado (17), em Maputo.

Ainda sobre a redução de disciplinas na 1a classe, de seis para três (Português, Matemática e Educação Física), Jorge Ferrão, ex-ministro do MINEDH, disse ao @Verdade que a medida assegura a “redução de gastos com o número de livros e é também um fenómeno único (…)”.

Jorge Ferrão, que falava na sua tomada de posse como reitor da Universidade Pedagógica (UP), salientou que estas e outras decisões podem fracassar se a sociedade não assumir que a educação é tarefa de todos. “Não faremos nada neste sistema [de ensino] se os pais não forem participantes activos neste processo”.

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