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Alfandegas apreendem bebidas no mercado informal

As Alfandegas de Moçambique, em parceria com a Policia, apreenderam diversas quantidades de bebidas alcoólicas supostamente contrabandeadas da Africa do Sul, no mercado informal “Estela Vermelha”, na cidade de Maputo, a capital do país.

A operação, denominada “Andorinha”, que visa combater o contrabando que envolveu para alem das Alfandegas, a Forca de Intervenção Rápida (FIR) e a Policia moçambicana, apanhou de surpresa os vendedores e teve como principal foco um armazém localizado nas redondezas, do qual foi retirada a maior quantidade das bebidas apreendidas.

Durante o tempo que durou esta operação, algo agitada, os residentes viveram momentos de pânico provocado por indivíduos que em vez de protestar pacificamente contra a acção policial protagonizavam desmandos e desacatos que obrigaram a Policia a usar da sua forca para amainar os ânimos.

De acordo com Hermínia Gaspar, proprietária do referido armazém, para a apreensão da referida mercadoria, os agentes das Alfândegas tiveram que arrombar as portas das suas instalações e depois apresentaram, apenas, um mandado de apreensão do Tribunal Aduaneiro.

Este procedimento, de acordo com a interlocutora é anormal, tanto é que os mentores da operação não deram espaço para a feitura do registo das quantidades de produtos apreendidos para facilitar os proprietários que apenas usam aquele espaço para armazenagem, em caso de reclamação.

Hermínia Gaspar disse ainda, citada pelo “Noticias’, que já lá vai muito tempo que os vendedores daquele mercado deixaram de ir comprar bebidas na África do Sul e Swazilândia, para recorrerem a fornecimentos de pessoas que se encarregam de traze-las em camiões e distribuem para diversas vendedores.

Fernando Tinga, das Alfândegas de Moçambique, disse trata-se de uma operação rotineira, levada a cabo em parceria com o Tribunal Aduaneiro, entidade que emite os mandados que autorizam aquela força paramilitar a recolher as bebidas supostamente contrabandeadas.

Tinga disse ainda que não se trata de nenhuma operação ilegal, tanto é que se os proprietários apresentarem a documentação que comprova a legalidade da sua aquisição e do pagamento de todas as taxas aduaneiras poderão reaver os seus produtos.

Fernando Tinga sossegou os lesados dizendo que, tal como em ocasiões anteriores, será estipulado um prazo para a reclamação destes produtos, findo o qual serão vendidos em hasta pública e o valor reverter-se-á a favor do Estado.

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