Um grupo que se apresenta cmo a “Al-Qaeda da Indonésia” reivindicou no seu blog o duplo atentado de 17 de julho contra dois hoteis de luxo na capital Jacarta, informou a imprensa local. A autenticidade do texto publicado no site blogspot.com do Google não pôde ainda ser confirmada pela polícia, que prossegue investigando o caso.
Uma mensagem em indonésio e em árabe assinada por “Abu Muawwidz Nur Din bin Muhamad” presta homenagem “aos santos irmãos combatientes que se fizeram explodir diante dos hoteis na jihad contra as ações dos Estados Unidos e de seus agentes contra nossos irmãos muçulmanos”. Em 17 de julho, um duplo atentado com bomba matou sete pessoas em dois hoteis de luxo em Jacarta, marcando a volta do terrorismo no maior país muçulmano do mundo, depois de vários anos de calma.
As duas explosões quase simultâneas ocorreram pouco antes das 08H00 (01H00 GMT) no hotel Ritz Carlton, um dos mais luxuosos da capital, e no Marriott, ambos situados no bairro financeiro de Kuningan, centro da capital, muito frequentado por estrangeiros. Cerca de 50 pessoas ficaram gravemente feridas, entre elas 14 estrangeiros.
A Indonésia conseguiu nos últimos anos deixar de aparecer como uma país de alto risco terrorista, depois de aplicar duros golpes contra os movimentos islamitas clandestinos responsabilizados por uma onda de atentados no início da década. O mais violento deles matou 202 pessoas, principalmente turistas, na estação balneária de Kuta, em Bali, em 12 de outubro de 2002.
Jacarta não sofria ataques desde 9 de setembro de 2004, quando um atentado com carro-bomba diante da embaixada australiana causou 10 mortos. Um ano antes, o hotel Marriott já havia sido vítima de um atentado que deixou 12 mortos. Esta série de ataques foi atribuída ao grupo Jemaa Islamiya (JI), a maior rede islamita do sudeste asiático que tempor objetivo a criação de um Estado islâmico.
Centenas de ativistas e simpatizantes foram presos, mas os líderes permaneceram foragidos, como o malásio Noordin Mohammad Top, a quem se atribui os atentados do Marriott de Jacarta e o de Bali. Para os especialistas, Noordin é o suspeito número um.