Depois dos “recados” da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional, a polémica à volta da indicação dos pré-candidatos da Frelimo a Presidente da República conheceu um novo capítulo esta quarta-feira (24). É que o porta-voz do partido, Damião José, fez saber que ainda há espaço para a indicação de mais pré-candidatos no Comité Central, para além dos actuais três propostos pela Comissão Política, nomeadamente Alberto Vaquina, José Pacheco e Filipe Nyussi, contrariamente ao que defendia o secretário-geral, Filipe Paúnde.
A abertura à indicação de mais pré-candidatos, segundo Damião José, surge como forma de “acomodar” a proposta da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional, que não concordavam com Filipe Paúnde, que dizia que não havia espaço para mais candidatos.
“Temos três pré-candidatos indicados pela Comissão Política, mas tomando em consideração a proposta do Secretariado Nacional da ACLLN, há possibilidade de haver mais pré-candidatos. Durante o Comité Central saberemos quantos existem. Por enquanto, ainda não recebemos nenhuma candidatura”, disse o porta-voz.
Num outro desenvolvimento, Damião José avançou que os interessados que forem entrar na corrida terão de obedecer as normas e regras que regem as eleições internas. “Devem ter o apoio de pelo menos 20 membros do Comité Central ou 10 porcento das organizações sociais que os propuserem”.
Questionado sobre se o Secretariado Geral do partido não ia para esta reunião fragilizado tendo em conta os debates que a antecederam e apelo à sua reestruturação, sugerida pela ACLLN, o porta-voz deu uma resposta evasiva e disse que “a crítica faz parte dos métodos de trabalho da Frelimo”.
De referir que a III Sessão Ordinária do Comité Central da Frelimo irá decorrer entre os dias 27 de Fevereiro e 2 de Março na Escola Central, na cidade da Matola, e tem como agenda a apresentação dos relatórios da Comissão Política, Secretariado do órgão, do Gabinete de Preparação das quartas eleições autárquicas, do desempenho da bancada parlamentar, do desempenho do Governo e a eleição do candidato às eleições gerais de 15 de Outubro próximo.
