A ponte Samora Machel, sobre o rio Zambeze, em Tete, na região centro de Moçambique, vai, nos próximos meses, passar à gestão privada, numa exploração do consórcio Luso-moçambicano, “Estradas do Zambeze”. A empresa “Estradas do Zambeze” vai gerir a estrada por um período de 30 anos.
O consórcio irá ocupar-se pela manutenção da infra-estrutura, reabilitação e controlo, segundo disse, Sexta-feira, António Graça, presidente do Conselho de Administração das “Estradas do Zambeze”, citado pelo jornal ‘Notícias’.
A nova gestão da infra-estrutura irá efectuar também o controlo do sistema de pagamento da taxa de portagem. Num futuro breve aquela obra de grande engenharia, recentemente construída, será exclusivamente usada para a travessia de viaturas ligeiras, o que irá acontecer logo que a construção da segunda ponte estiver concluída, dentro dos próximos 42 meses.
O PCA da Empresa “Estradas do Zambeze” acrescentou que a actividade de assistência e vigilância das estradas do corredor de Tete encontra-se integrada numa operação de manutenção que, ao abrigo do contracto de concessão, é da inteira responsabilidade da firma.
A “Estradas do Zambeze” é também responsável pelo projecto da construção da segunda ponte do rio Zambeze, na cidade de Tete, cujas obras estão a decorrer sob imensas dificuldades devido a vários factores que estão a contribuir para a morosidade daquela obra em curso desde meados de 2009.
“Este sábado começa uma nova era ao nível das relações do tempo das estradas com as estradas propriamente ditas. Porque os utentes vão encontrar nestas estradas o apoio que necessitarem em caso de surgimento de qualquer problema, como avarias, falta de combustível, um desnorte por não conhecer o caminho e se precisarem de alguém que os oriente. Esperemos, por isso, cada vez menos acidentes de viação, e vamos lutar para que sejam cada vez menos longos os 700 quilómetros da faixa rodoviária sob a nossa alçada”, acrescentou Graça.
Perante estes factores, a “Estradas do Zambeze” vai implementar algumas medidas, na tentativa de reduzir os níveis de sinistralidade, aumentando a capacidade de inspecção mecânica sobre os meios pesados em circulação, elevar a vigilância e o controlo sobre velocidade, bem como a redução do nível aceitável de velocidade para as viaturas pesadas.
“Vamos aumentar a capacidade sinalética horizontal, como a vertical, vamos incrementar a vigilância na travessia das povoações e vamos fazer tudo ao nosso alcance para que a circulação nocturna se faça em condições mais favoráveis para os peões, ciclistas e para que quem nela circula não tenha que correr riscos” – frisou o interlocutor.