Com o mote “Todos temos uma História, qual é a tua?”, a plataforma internacional para a juventude descobrir e desenvolver as suas potencialidades de liderança (AIESEC) organizou um evento sobre Development leader day com o objectivo de despertar o interesse do estudante na temática e, por outro lado, a criar “impacto na sociedade”.
Uma palestra e um workshop compunham o evento de recrutamento. A palestra, que contou com a presença de estudantes de diversos cursos da UEM, teve como tema “Desafios de mercado, como se preparar para o futuro?”, na qual os oradores, na ocasião, falaram sobre as suas experiências como líderes, a importância da liderança e a necessidade de se desenvolver a capacidade de resolução de problemas.
Segundo o presidente da AIESEC- Moçambique, Daúdo Vali, o objectivo primordial do evento é “criar uma plataforma de entendimento comum entre as empresas e os universitários”, uma vez que AIESEC acredita que, nos dias que correm, “as universidades e as empresas não podem andar de costas voltadas”.
Ou seja, como as empresas têm o conhecimento sobre a dinâmica do mercado e, porque são empregadores, do nível qualitativo do jovem universitário elas (empresas) devem levar à universidade a sua perspectiva do que deve ser um estudante formado.
“A formação dos estudantes não se esgota na sala de aulas, por exemplo, este momento de interacção com pessoas mais experientes e com outro tipo de conhecimento é relevante e constitui uma mais-valia para os estudantes de modo a aprenderem algo extra”, afirmou Vali.
A AIESEC chegou a Moçambique em Outubro de 2009, este é o segundo evento que realizaram na Universidade Eduardo Mondlane, aliás, o primeiro ocorreu em Novembro e decorreu em torno de Liderança Internacionalização e Empreendedorismo.
De acordo com Vali, “já começa haver uma sensibilidade por parte do meio empresarial moçambicano em participar neste tipo de iniciativas”, tendo acrescentado que este evento é apenas o começo, uma vez que o desafio daquela organização é desenvolver mais actividades e envolver mais empresas para contribuírem para a formação dos estudantes e capacitá-los profissionalmente.
Neste momento, a AIESEC está a trabalhar somente em duas universidades, nomeadamente o ISCTEM e a UEM, devido às limitações em termos de capacidade humana, porém a perspectiva é de alargar para mais universidades, abranger mais universitários e outras cidades do país a médio e longo prazo.
Na opinião de Daúdo Vali, até então a adesão dos estudantes “tem sido boa”, e agora estão em fase de recrutamento de novos membros de modo a obter mais estudantes envolvidos na AIESEC.
“As pessoas têm demonstrado bastante interesse, só que para fazer parte da AIESEC nós temos um processo de selecção rígido, porque obviamente não conseguiremos dar respostas a procura”, disse. Geralmente, a organização tem recebido 150 a 200 candidaturas.
Para se ser membro é necessário que seja jovem, ou seja, ter uma idade não superior aos 30 anos, ser estudante universitário de qualquer curso ou recém-licenciado, ter vontade de aprender e obter experiências, espírito empreendedor, de liderança e a acima de tudo uma abertura de mente para se envolver em novos desafios.
Actualmente, a maior parte dos estudantes que fazem parte são de curso de Economia e Gestão, mas também há estudantes de outras áreas como informática, geografia, entre outras, e conta com cerca de 25 membros nas duas universidades e com a campanha de recrutamento espera-se atingir 50.
Refira-se que a AIESEC é um organização que dá a oportunidade para os estudantes desenvolverem a suas competências de liderança e terem experiências práticas, através de estágios nacionais e internacionais em projectos, ou seja, na organização de eventos onde possam trabalhar em equipa, cuidar da logística, contactar as empresas, fazer orçamento, ou então integrar uma área de finanças, recursos humanos, marketing, e relações internacionais.
