A Águas da Região Metropolitana de Maputo(AdRMM) refuta as alegações divulgadas, recentemente, pela organização não-governamental “Observatório Cidadão para a Saúde”, segundo as quais a empresa estaria a fornecer água contaminada e, por isso, imprópria para o consumo humano.
A empresa reitera que a água fornecida às cidades de Maputo, Matola e aos distritos de Boane e Marracuene está dentro dos parâmetros recomendados internacionalmente, inclusive pelo Ministério da Saúde (MISAU) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo observados rigorosamente, durante o seu tratamento, os mais elevados padrões de qualidade com vista a garantir a remoção de partículas e micro-organismos nocivos à saúde.
Conforme explica o director de Manutenção e porta-voz da AdRMM, João Francisco, a solução de tratamento da água adoptada pela empresa é convencional, com cinco etapas, nomeadamente a pré-cloração, a floculação, sedimentação, a filtração e a oxidação ou desinfecção. Este processo garante que a água distribuída à população seja segura para o consumo humano.
“Em todas estas fases do processo de produção e tratamento, há um controlo de qualidade da água e o que se espera é que ela melhore em cada uma das fases, até à última etapa. Este processo é acreditado e certificado, através da norma ISO 9001, que diz respeito à Gestão de Qualidade. De dois em dois anos, somos auditados para se aferir se efectivamente o processo está a ocorrer dentro dos padrões, ou não”, frisa.
Internamente, acrescenta João Francisco, a empresa possui diversos mecanismos de monitoria contínua, dispondo, para tal, de um laboratório acreditado pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), que faz a verificação periódica da qualidade da água, sem descurar o facto de o Ministério da Saúde realizar exames regulares para garantir a observância dos parâmetros. “Nós efectuamos análises laboratoriais diárias, de duas em duas horas, algumas de uma em uma hora, tanto nas estações de tratamento de água de Umbelúzi e de Corumana, quanto nos centros distribuidores”.
“Temos também o regulador, como outra entidade independente, que faz a análise da qualidade da água por nós produzida e fornecida aos consumidores. Todos esses elementos constituem mecanismos de controlo que foram introduzidos no processo para assegurar que a água está com a qualidade desejada. Por isso, gostaríamos de assegurar à população da Região Metropolitana de Maputo que a água que estamos a fornecer é segura”, sublinha.
Entretanto, a AdRMM admite a existência de factores externos que podem comprometer ou alterar a qualidade da água, tais como perdas na rede, reservatórios domésticos mal conservados e a duração prolongada do armazenamento, que podem resultar em riscos de contaminação.
Para garantir que a água permaneça segura até o consumo final, a AdRMM reforça a importância da manutenção preventiva por parte dos clientes, incluindo a limpeza periódica dos reservatórios e o uso de recipientes adequados. “É necessário que os clientes também tenham hábitos que garantam que, de facto, a qualidade de água se mantenha segura, até ao consumo final. Aconselhamos que os clientes lavem, pelo menos uma vez por ano, os reservatórios e os recipientes que usam. Igualmente, podem adoptar métodos adicionais recomendados pelo Ministério da Saúde sempre que julgarem necessário, como é o caso do uso de purificadores de água”, recomenda João Francisco.
A AdRMM reafirma o seu compromisso com a saúde pública, garantindo que a água fornecida está dentro dos padrões estabelecidos e incentivando boas práticas para preservar a sua qualidade ao longo de toda a cadeia de abastecimento. A empresa mantém um canal aberto de comunicação com os seus clientes para o reporte de eventuais anomalias e recomenda que, em caso de dúvida sobre a qualidade da água, os consumidores contactem, imediatamente, os serviços de atendimento ao cliente para esclarecimentos.
Por fim, a AdRMM reafirma o seu compromisso em continuar a investir na melhoria das infra-estruturas e na qualidade dos serviços prestados, assegurando que a população tenha acesso à água potável e segura.