O Governo de Moçambique tem disponível cerca de 1,3 bilião de meticais para melhorar o seu deficiente sistema de cobertura de água potável e saneamento nas zonas rurais, até 2015.
O financiamento é do Governo do Reino Unido, através da sua agência Department for International Development (DFID), apurou o Correio da manhã de fonte daquela instituição britânica em Maputo.
Refira-se que desde 2010 até ao momento o DFID permitiu que pelo menos 1,7 milhão de moçambicanos que vivem nas zonas rurais tenham já acesso a instalações sanitárias melhoradas.
Estimativas governamentais apontam para uma taxa de cobertura de saneamento no país na ordem dos 60% da população, sendo que apenas 15% correspondem às zonas rurais, enquanto as regiões urbanas têm maiores níveis de cuidados.
A falta de um sistema de saneamento do meio melhorado em Moçambique está a provocar um prejuízo de cerca de USD 127,3 milhões, correspondente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país por ano, para além de ser responsável por 90% das cerca de 15 mil crianças que morrem por ano, devido a doenças diarreicas.
Relativamente à cobertura com água potável, o indicador aponta para uma taxa de cerca de 57% da população, muito aquém da meta mínima de 70% estabelecida nos Objectivos de Desenvolvimento de Milénio (ODMs), apesar de nos últimos anos o sector de água estar a experimentar um maior fluxo de investimento público-privado.