O ministro da Ciência e Tecnologia, Venâncio Massingue, diz que Moçambique precisa de agregar o valor do conhecimento a produção para poder aumentar o grau de competitividade dos produtos nacionais a nível regional e internacional e melhorar a qualidade de vida da população.
Massingue assumiu esta posição no encontro de planificação e harmonização entre o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e as Instituições de Investigação Cientifica, tendo avançado que as acções do pelouro nos próximos anos estarão viradas para o aumento da contribuição da Ciência, Tecnologia e Investigação no crescimento da economia nacional.
A implementação das acções traçadas pelo Governo, segundo Massingue, implica, em parte, o envolvimento activo de todos os actores-chave, nomeadamente, instituições de investigação, ensino, organizações da sociedade civil que lidam com a Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Os resultados até agora produzidos são encorajadores e reforçam a necessidade de consolidação dos processos de articula ção e coordenação entre as instituições de investigação e entre estas e o Ministério da Ciência e Tecnologia”, destacou o ministro Venâncio Massingue.
O Governo, segundo Massingue, tem vindo a desenvolver, entre outras iniciativas, acções coordenadas para melhoria e estabelecimento de infra-estruturas, criando facilidades de investigação científica, através da criação de novas instituições e desenvolvimento de recursos humanos, financiamento de projectos.
“Os desafios só poderão ser ultrapassados se conseguirmos planificar melhor planificar e coordenar as nossas acções evitando a duplicação de esforços e maximizando as sinergias para garantir maior impacto da ciência, tecnologia e inovação nas comunidades”, destacou.
Apesar dos avanços registados, o ministro manifestou-se convicto de que há desafios ainda por superar, tendo apontado como exemplos a integração dos investigadores na carreira de investigação, formação de investigadores nos níveis de Mestrado e Doutoramento e a melhoria contínua das infra-estruturas.
Dados do MCT indicam que, em 2010, foram realizadas, com base em metodologias e técnicas científicas, sete expedições nos distritos de Marracuene e Matola (província de Maputo), Erati, Muecate e Meconta (Nampula), Cuamba (Niassa) e Montepuez (Cabo Delgado) Até 2010, foram integrados na carreira de investigadores 190 profissionais da área, concedidas 122 bolsas de estudo, das quais 111 para Mestrado e 11 para Doutoramento, nas áreas de engenharia, Tecnologias de Informação e Comunicação, Ciências Biológicas e Biotecnologia, Ciências Agrárias, Ciências Sociais e Humanas Ciências de Saúde e Recursos Hídricos.
Neste âmbito foram também concedidas 130 Bolsas de Estudos de Iniciação Cientifica, cobrindo as áreas de Engenharia, Saúde, Ciências Agrárias e Ciências Humanas, com vista a melhorar a competência técnica e o potencial dos investigadores e elaborada a base de dados das pessoas que lidam com plantas medicinais na província de Maputo.