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Agentes da PRM surpreendidos numa violação “roubam” material fotografico

Miguel Mangueze, repórter fotográfico do Jornal @Verdade, surpreendeu dois agentes da Polícia da República de Moçambique a tentarem violar uma jovem. Porém, o equipamento fotográfico, no qual ficaram registadas as imagens daquele episódio macabro foi “roubado” pelos agentes.

VEJA NESTE VÍDEO O LOCAL ONDE A VIOLAÇÃO ACONTECEU

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Domingo, 1 de Maio de 2011, cerca das 12 horas o repórter fotográfico do jornal @Verdade regressava da cobertura do desfile do Dia do Trabalhador, decorrido na praça dos trabalhadores, na baixa da cidade de Maputo. A pé, o jovem fotógrafo andou pela avenida 25 de Setembro com intenção de encurtar o caminho até à Redacção. Chegado a zona das barreiras, na parte traseira das instalações da Televisão de Moçambique TVM. Alguns metros depois do novo edifício da Vodacom, o repórter fotográfico deparou-se com um acto insólito: dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) arrastavam uma moça, de aparentemente 25 anos de idade.

Repentinamente os agentes saem da estrada e entram para a zona dos arbustos onde existe uma pequena construção. Quando se aproxima do local o fotógrafo apercebe-se que algo de anormal se estava a passar e aponta a câmara e começa a fotografar os dois agentes da PRM que tentam violar a jovem. Contudo, o fotógrafo nao se apercebeu de um terceiro agente da PRM que caminhava alguns metros atrás de si, o qual obrigou-lhe a parar de registar imagens e alertou os seus companheiros do sucedido.

Estes, por sua vez, interromperam o acto e, imediatamente, começaram a intimidar o fotógrafo para entregar a máquina ao que ele se recusou. Mas olhando ao redor e sem ver vivalma o fotógrafo sentiu-se ameaçado e negociou com os policias a possibilidade de apagar as imagens que acabava de fazer. Os agentes não aceitaram e exigiram o cartão de memória da máquina fotográfica. Muito assustado o fotógrafo acabou por ceder e entregou o dispositivo.

Os agentes, que não traziam identificação mas traziam armas, ja na posse do cartão mandaram o fotógrafo dirigir-se à 1 esquadra para recuperar o cartão de memória, mas não sem antes advertirem que deve ter cuidado com o que iria dizer e que devia abandonar o local imediatamente. O fotógrafo dirigiu-se à 1 esquadra onde contou o sucedido.

No entanto, o facto de os agentes não portarem identificação o oficial de serviço, também sem identificação, sugeriu que o queixoso fosse ao Comando da Cidade. No Comando da Cidade o fotógrafo foi recebido no exterior por quatro agentes, também sem identificação que dizem que nenhum oficial superior se encontrava naquela altura no Comando pelo menos até terça-feira.

O fotografo rergressa a 1ª esquadra para registar queixa do sucedido. Entretanto os seus colegas de Miguel já estão com ele na esquadra e o tratamento dos oficiais, que inicialmente era de tentar ignorar a queixa e levar mesmo o fotógrafo a desisitir pelo cansaço de apresenta-la, passa a ser de maior cooperação chegando mesmo o inspector a convocar os agentes que neste dia estavam de serviço para que Miguel, e os seus colegas do Jornal, tivessem certeza que o crime por ele testemunhado não fôra cometido por agentes da 1ª esquadra.

Entretanto Miguel espera que a sua intervenção tenha chegado para impedir a violação e talvés a jovem que esteve nas mãos dos agentes da PRM leia estas linhas e possa apresentar-se e ajudar a identificar estes violadores que não só não podem continuar nas fileiras da PRM mas devem ser julgados e condenados pelo seu crime.

 

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