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Agentes da Polícia extorquem cidadão em Báruè

Um jovem identificado pelo nome de Gabriel Matope, de 30 anos de idade, residente no bairro Sabão, no distrito de Báruè, na província de Manica, foi detido no dia 04 de Outubro em curso, por um grupo de elementos da Polícia da República de Moçambique (PRM), indiciado de acusar injustamente o seu empregado de roubo de mais de três mil mericais na sua banca de sapatos. A sua soltura foi condicionada ao desembolso de mil meticais a favor dos agentes da Lei e Ordem.

Na reconstituição dos factos, o nosso interlocutor narrou que a sua detenção se deveu uma discussão com o seu empregado em consequência do desaparecimento de mais de três mil meticais provenientes da venda de sapatos.

Entretanto, indignado com a acusação, o indiciado queixou ao comando da PRM em Báruè e alegou que estava a ser injuriado. Os policiais destacados para resolver o caso prenderam Gabriel Matope por volta das 08h:00 da manhã daquele dia, por sinal da Paz, mas para si de azar.

Pra além disso, o cidadão foi agredido fisicamente e extorquido e ameaçado de que caso não pagasse os 1.200 meticaisvalor iria ficar mais três anos preso e estipulou-se um prazo de 12 horas para pagar o dinheiro em causa.

Desesperado, Matope recorreu a um amigo para lhe ajudar mas só conseguiu mil meticais, valor que foi inicialmente rejeitado pelos agentes da PRM, apesar de mais tarde terem aceite. Enquanto isso, a sua carteira, na qual havia, para além de documentos pessoais, um valor de 170 meticais, sapatos, cinto e telemóvel estavam penhorados pela Polícia.

Três dias depois, o cidadão recuperou os seus pertences e denunciou o caso à Rádio Comunitária Catandica. Esta, por sua vez, contactou, telefonicamente, a comandante da PRM em Báruè, Angelina Muteto, e lhe colocou ao corrente ao assunto mas estava de férias.

Contudo, a comandante clarificou que os seus colegas agiram mal. Felizmente, com o apoio do chefe das operações da PRM em Báruè, Matope recupero o seu dinheiro através da secretaria da Rádio Comunitária Catandica e apelou à Polícia para não enveredar pelas cobranças ilícitas e detenções ilegais.

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