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Afrobasket 2013: Angola quer revalidar o título africano

A selecção nacional de Angola, presente no Afrobasket de Maputo, pretende renovar o título conquistado há dois anos em Bamako, Mali. Apesar de aquela equipa estar longe dos níveis desejados, Aníbal Moreira garante que a sua colectividade vai lutar pela primeira posição.

Dois anos depois de levantar o troféu mais cobiçado do continente africano a nível de países, a selecção angolana está em Maputo para revalidar o título. Aliás, esse é o objectivo que a delegação daquele país irmão carrega na “bagagem” quando, diga-se, se desloca do hotel em que se encontra hospedada para o pavilhão do Maxaquene para mais um jogo deste certame.

Para o efeito, Angola realizou um estágio pré-competitivo na Espanha, onde efectuou dez jogos de controlo com equipas locais, bem como com a própria selecção espanhola, tendo averbado três derrotas e sete vitórias.

A selecção feminina de Angola é treinada por Aníbal Moreira e Elisa Pires, um dupla sobejamente conhecida no mundo do basquetebol angolano. Em conversa com o @Verdade, Aníbal afirmou que a sua equipa chegou a Maputo na máxima força, sem pensar noutra coisa senão na vitória, garantindo, deste modo, um lugar no “Mundial” da Turquia que terá lugar no próximo ano.

“Antes de cá estarmos realizámos um estágio muito proveitoso na Espanha, com vista a dar maior rodagem competitiva às atletas. Tudo o que foi programado saiu em conformidade” afirmou. Para aquele técnico, ainda que o seu conjunto tenha vencido todos os jogos do seu grupo, levantar novamente o troféu de campeão africano é uma missão espinhosa “em função dos objectivos traçados pelas demais selecções”.

As outras selecções estão fortes

Instado a comentar sobre a visível queda de rendimento da sua equipa, sobretudo nos dois jogos que antecederam a última da fase de grupos, em que teve de esgotar os últimos segundos para confirmar os triunfos, contra a Quénia por 45 a 39 e Camarões por 48 a 44, Aníbal recorreu à desculpa de que as outras selecções estão mais fortes do que há dois anos, “sem contar com o facto de que rejuvenescemos a nossa selecção”.

“Tivemos alguns problemas no decurso dos jogos relacionados com o entrosamento entre as jogadoras. O que mais importa é continuarmos firmes nos nossos objectivos, melhorando jogo a jogo e aprendendo com os erros que vamos cometendo. Viemos a Maputo para revalidar o título”, garantiu.

Tenho (quase) a certeza de que vamos ao “Mundial”

Aníbal Moreira acredita no apuramento de Angola para o “Mundial” de basquetebol, prova que terá lugar no próximo ano na Turquia. Mas, para aquele técnico, as atenções neste momento estão todas elas viradas para o certame que decorre em Maputo.

“Estamos concentrados no objectivo que traçámos para este Afrobasket. Claro que chegando à final temos o apuramento para o ‘Mundial’ garantido. Mas há coisas que temos de acertar primeiro, como, por exemplo, elevar os níveis de confiança e de coordenação da equipa” disse.

O nível do nosso basquetebol interno não é dos melhores

Mesmo estando em Maputo, Aníbal não deixou de lançar farpas para “dentro de casa”. Para o seleccionador nacional daquele “PALOP”, se Angola quiser realmente ir ao “Mundial” “para competir e não fazer figura, é importante aumentarmos o número de equipas; elevarmos o nível de competitividade; bem como traçar mais projectos de descoberta e busca de novos talentos. Nenhum talento desponta por si” afirma.

Ainda assim, aquele treinador não deixa de realçar a vontade, quer do Governo angolano, quer do empresariado, de apoiar o basquetebol daquele país, sobretudo a selecção nacional.

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