O presidente da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol (FCB), Kitana Cabral, denunciou terça-feira, na cidade da Praia, uma alegada pática de “espionagem” interna à volta da seleção nacional da modalidade em seniores masculinos para favorecer os seus adversários no Afrobasket 2013 de Abidjan, na Costa do Marfim.
Em declarações à Rádio de Cabo Verde, Kitana Cabral escusou-se a revelar o nome ou os nomes das pessoas que estão a “espiar” os treinos e os jogos de preparação da seleção cabo-verdiana, mas assegurou que a FCB “já tem informações concretas” sobre o assunto e que “na altura própria” irá esclarecer o caso.
“Trata-se de um caso de espionagem”, assegurou, precisando que as cidadãos cabo-verdianos que alegadamente estão a proceder à recolha de informações para fornecer ao(s) adversário(s) devem ser “um bocado mais patriotas”.
“Os jogadores estão a trabalhar para defender o interesse de Cabo Verde e fazer isto é no mínimo feio”, lamentou Cabral, insistindo que existe pessoas no país a passar informações sobre a seleção de basquetebol masculino às equipas adversárias do grupo, entre as quais figura a seleção de Angola, primeira opositora dos agora chamados “Tubarões Martelo” no Afrobasket 2013.
Moçambique e República Centro africana são os outros adversários de Cabo Verde na fase de grupo neste torneio continental. A seleção cabo-verdiana de basquetebol traçou como meta no Afrobasket 2013 a conquista da Medalha de Bronze com vista à sua qualificação para o Campeonato do Mundo, a ser disputado próximo ano em Espanha.
Este foi o objetivo proposto pelo presidente da FCB durante um encontro da equipa com o chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, no Palácio da Presidência para os cumprimentos de despedida, na véspera da partida para esta prova continental. Kitana Cabral reconheceu tratar-se de um projeto “muito ambicioso”, mas que a equipa parte determinada para atingir os objetivos preconizados.