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África vai crescer acima dos 5% até 2017

O continente africano deverá crescer 5,2% neste e no próximo ano, melhorando ligeiramente para 5,3% em 2017, a mais rápida expansão económica desde a crise de 2009, prevê o relatório Africa’s Pulse, divulgado pelo Banco Mundial.

“Apesar de uma economia mundial mais fraca, com vários dos grandes países a mostrarem uma performance volátil, as perspectivas de crescimento para África mantêm-se positivas e o PIB da região deve crescer 5,2% em 2015 e 2016, e 5,3% em 2017”, devendo registar este ano uma expansão económica de 4,6%, lê-se no relatório divulgado em Washington no âmbito dos Encontros Anuais do Banco Mundial, que decorrem esta semana em Washington.

Segundo o relatório, “o crescimento na região é suportado pelo forte investimento público em infra-estruturas, um aumento da produção agrícola e pelo impressionante sector dos serviços”, o que faz com que a África subsaariana se mantenha “uma das regiões em mais rápido crescimento”.

Os níveis de crescimento acima de 5% são, de resto, os melhores desde a crise económica mundial, em 2009, e estão em linha com as previsões feitas em Maio pelo Banco Africano para o Desenvolvimento, pelo Centro de Desenvolvimento da OCDE e pelas Nações Unidas, que estimaram que o conjunto das economias africanas ia crescer, em média, 4,8% este ano, e 5 a 6% em 2015.

Nem tudo são “rosas” Nem tudo no relatório, no entanto, são boas notícias para África: “apesar de a região continuar a crescer mais depressa que muitas economias em todo o mundo, a África subsaariana ainda fica atrás do resto do mundo nos progressos sobre os Objectivos do Milénio; por exemplo, enquanto o objectivo de reduzir para metade a proporção de pessoas cujos rendimentos não excedem 1,25 dólar já foi cumprida globalmente, a região só atingiu 35% desse objectivo”.

Lembrando o grau de incerteza que rodeia a propagação do vírus ébola, nomeadamente nos três países mais afectados ? Guiné- -Conacri, Libéria e Serra Leoa ?, o relatório nota ainda que, ao contrário do que seria de esperar, é na agricultura, e não na indústria, que está o maior instrumento de combate à pobreza.

“As economias da região estão a transformar-se mas não da maneira que seria de esperar. A região está largamente a ultrapassar a industrialização como maior impulsionador de crescimento e emprego. Este padrão de crescimento e transformação tem implicações para a redução da pobreza. Em África, o crescimento na agricultura e serviços tem reduzido mais a pobreza que o crescimento da indústria. No resto do mundo, por outro lado, a indústria e os serviços têm um impacto maior na redução da pobreza”, lê-se no relatório.

Correio da Manhã

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