A África do Sul terá 56 tribunais especiais criados para julgar em tempo real crimes praticados durante a Copa do Mundo prontos para funcionar, declarou esta segunda-feira o porta-voz do Ministério da Justiça, Tlali Tlali. “O objetivo é evitar a sobrecarga dos tribunais existentes com os assuntos relacionados à Copa do Mundo”, explicou o porta-voz.
“Este evento único atrairá torcedores do mundo inteiro”, lembrou. “Decidimos tomar medidas para julgar da maneira mais rápida e prática possível os expedientes mais simples”, acrescentou. A África do Sul, que espera cerca de 350.000 turistas durante a competição, gastou 4,6 milhões de euros para abrir estas cortes especiais nas nove cidades que sediam o Mundial.
Magistrados, intérpretes, auxiliares jurídicos e voluntários trabalharão nesses tribunais, que funcionarão 15 horas por dia durante o evento e até duas semanas depois do encerramento da competição. “Não haverá complacência. As leis serão aplicadas da mesma maneira que nos outros tribunais”, indicou Tlali, preocupado em demonstrar a determinação da África do Sul em conter a violência.
A menos de três semanas do início do Mundial, a criminalidade continua sendo um dos principais problemas em um país onde há 50 homicídios por dia em média. O governo ampliou em 41.000 o efetivo de policiais e garantiu que os torcedores ficarão seguros durante a primeira Copa do Mundo no continente africano.