Em 16 países de África, incluindo Moçambique, registam-se “graves problemas” de monitoria e avaliação dos projectos financiados pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), reconheceu, esta segunda-feira, fonte ligada à organização do seminário de implementação dos projectos e programas daquela instituição na África Austral e Oriental.
Segundo Fernando Songane, tais problemas prendem-se com a “falta de capacidade de monitorar e avaliar os programas e projectos financiados pelo FIDA”, instituição que, em Moçambique, já investiu cerca de 250 milhões de dólares norte-americanos em empréstimos e fundos de comparticipação para apoio ao desenvolvimento de programas agrícolas, pesca de pequena escala, bem como ligações aos mercados e serviços financeiros rurais.
“O encontro de Maputo do FIDA tem em vista encontrar melhores formas de se ultrapassar estes problemas”, referiu Songane, falando à Imprensa à margem dos trabalhos do seminário aberto pelo ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia.
O governante moçambicano reconheceu, por seu turno, estarem a registar- se, em Moçambique, níveis de produtividade agrícola “muito baixos” devido à baixa utilização de insumos agrícolas, insuficiente cobertura dos serviços de extensão aliada a baixos níveis de alfabetização junto das comunidades rurais, principalmente.
Cuereneia prometeu ao FIDA incremento da produção agrícola, por Moçambique, como resultado do aumento da produtividade nas culturas alimentares, enquanto na área da pesca de pequena escala a aposta é realizar acções na promoção da cadeia de valor dos produtos pesqueiros através da promoção da pesca em mar aberto, nas grandes massas de águas interiores e aquacultura, “o que deverá resultar na melhoria do desempenho da pesca comercial e da piscicultura, esta última em franca expansão”.
Os fundos do FIDA em Moçambique estão a ser aplicados nos programas nacionais de extensão agrária, de promoção de mercados rurais e programa nacional de finanças rurais.