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Afinal PRM não deteve nenhum assassino do director das alfândegas

A divulgação da informação que dava conta da detenção de um suspeito é mais uma forma de mostrar trabalho e abafar o caso. O detido é um mineiro encontrado a comentar a cerca do homicídio. Este é outro lado da verdade. Afinal a Polícia da República de Moçambique (PRM)não deteve nenhum assassino, ou qualquer envolvido no assassinato do Director de Investigação, Auditoria e Informação nas Alfândegas, Orlando José.

O homem ora detido, e citado semana finda por Pedro Cossa, porta-voz do Comando Geral da PRM, como um dos envolvidos, na verdade é um mineiro inocente, que na altura da sua detenção fora encontrado a comentar sobre este assassinato. “Se fosse eu o dono daqueles carros, também o teria matado, porque ele prende os bens e sai em público para mostrá-los e se exibir”, foi, mais ou menos, nesta tónica que o detido se expressava, quando uns agentes da PRM passavam do local, tendo de seguida suposto que o indivídou estaria a falar do que fez no dia do crime.

A informação da PRM é mais uma forma de mostrar trabalho ou então uma tentativa de abafar este caso que, aliás aponta para o envolvimento de muitas figuras sonantes e de “reconhecido mérito” nas alfândegas. “A evolução que há desde que se iniciaram as investigações é que há um indivíduo detido em conexão com o homicídio”, estas foram as palavras de Pedro Cossa, no dia da grande revelação, mesmo escusandose a entrar em pormenores.

Percurso dos factos

Orlando José foi morto a tiro à entrada de casa o Bairro de Zimpeto, arredores da Cidade de Maputo, no dia 26 de Abril findo, algumas horas após ter anunciado em conferência de imprensa a apreensão de viaturas de luxo introduzidas no país sem o pagamento de direitos aduaneiros. Dias antes de ser assassinado, o director de Investigação, Auditoria e Informação das Alfândegas chefiou uma operação que levou à apreensão de um montante de 400 mil dólares que supostamente iam sair, ilegalmente, do país, através da fronteira com o Zimbabwe.

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