O terremoto ocorrido no Afeganistão na última sexta-feira deixou pelo menos 19 feridos e afectou 130 casas, segundo as autoridades afegãs, que já iniciaram a entrega de ajuda antes da chegada do inverno e diante de possíveis desastres naturais.
“As operações de avaliação e ajuda estão em andamento com normalidade em todas as províncias afectadas. Já estávamos preparados e havia estoques suficientes de comida e ajuda não alimentícia em todas as regiões afectadas. Neste aspecto, não temos problemas”, disse à Agência Efe o porta-voz do Ministério de Gestão de Desastres afegão, Omar Mohammadi.
O terremoto de 6,2 graus na escala Richter com epicentro no nordeste do país afetou oito das 34 províncias afegãs: as de Badakhshan, onde foi localizado o epicentro, Takhar, Baghlan e Parwan no nordeste; Nangarhar, Kunar e Laghman no leste; e Paktia no sudeste.
“Todos os aeroportos nas províncias afectadas estão operacionais e não há problema nas operações de ajuda. Há coordenação permanente entre agências nacionais e internacionais, todos tentando responder com eficácia”, acrescentou.
Mohammadi indicou que embora algumas estradas tenham ficado bloqueadas, “já tinham sido enviados materiais de ajuda com antecedência às zonas que provavelmente ficariam inacessíveis”.
“Só há alguns problemas no distrito de Kohistanat em Badakhshan devido ao bloqueio da estrada, mas temos certeza que serão resolvidos em breve”, comentou.
A província de Nangarhar é a mais afetada, com 13 dos 19 feridos, embora “todos tenham deixado os hospitais após receberem o tratamento médico adequado”, declarou o porta-voz do governador provincial, Attaullah Khogyanai.
Khogyanai explicou que das 130 casas afectadas total ou parcialmente no país, 104 se encontram na capital da província, Jalalabad. Além disso, pelo menos 60 cabeças de gado morreram no terremoto nesta província.
O terremoto teve epicentro em uma área onde foram registados vários tremores desde Outubro e deixou pelo menos quatro mortos e mais de cem feridos, a maioria no vizinho Paquistão.