Uma criança de 11 anos de idade foi abusada sexualmente no bairro Nkobe, município da Matola, província de Maputo, por um jovem de 35 anos de idade, o qual alega que teria sido conquistado pela rapariga, pelo que forçou a cópula para supostamente satisfazer os desejos da mesma.
Segundo a miúda, que se fez à residência do suposto estuprador para vender couve, negócio do qual sobrevive com a sua madrinha, é órfão de pais.
“Ele disse que eu devia ir de um caminho e ele do outro para nos encontrarmos lá (no local indicado para a violação), para fazermos aquilo, e que havia de me oferecer umas coisas. Ele tirou-me a capulana, a calcinha e violou-me”, disse a criança cujo nome omitimos para preservar a sua honra e da família.
O abusador, ora a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM) na Matola, é casado e confessou o crime.
A violação sexual é considerada uma forma brutal de infracção dos direitos humanos, com impactos severos na saúde das vítimas. Em Moçambique, o grosso de casos de estupro ocorrem nas famílias e são protagonizados por pessoas mais próximas das vítimas, sendo elas os pais e tios, entre outro que deviam proteger as vítimas.
Ainda de acordo com a versão do cidadão acusado da prática deste crime, a vítima assediava-o e conquistava-o, há três meses, até que não pôde mais resistir à tentação. “Fui fraco, mas tudo começou como brincadeira. Ela chamava-me de marido dela”.
“Quando ela veio à minha casa controlei os movimentos da minha senhora (referia-se à sua mulher) e mal ela distraiu-se persegui a menina. Chegámos lá, realizámos o acto e não houve nada de errado”, considerou o indiciado.
Segundo apurámos, foi o próprio violador que começou tudo e sugeriu os passos que a vítima devia seguir de modo a concretizar os seus planos hediondos.
Emídio Mabunda, porta-voz da PRM na província de Maputo, quando a corporação tomou conhecimento da ocorrência socorreu a miúda para uma unidade sanitária, onde se confirmou que houve cópula forçada. “Ela já está em tratamento médico e foi aberto um processo-crime para que o violador seja julgado”.