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Adeus Eduardo White!

Adeus Eduardo White!

Dezenas de pessoas, dentre os quais fazedores, amantes e titulares das artes e cultura no país, despediram-se, nesta segunda-feira (25), na capital moçambicana, do célebre poeta moçambicano Eduardo Costley White, que perdeu a vida na madrugada do pretérito domingo (24), no Hospital Central de Maputo, onde se encontrava internado, vítima de doença.

A súbita notícia do seu desaparecimento físico, diga-se de passagem, abalou o mundo, pois há sensivelmente duas semanas o finado partilhava a sua vida nas redes sociais. Para além disso, até à data da sua morte, o escritor corria atrás de mais um sonho – a necessidade de levar a arte, nas suas diversas formas e tipos, e os seus fazedores, o conhecimento literário e científico para os alunos e os professores da Escola Comunitária São Vicente de Paulo da Malhangalene. Infelizmente, a morte antecipou-lhe, da mesma forma que antecipa a publicação da sua obra “Bom dia, dia”.

Na cerimónia do último adeus ao escritor, para além dos amigos e fãs que foi conquistando ao longo da sua vida, contou-se com a presença do ministro da Cultura, Armando Artur, ele que, usando da palavra, afirmou:

“Partiu um grande poeta, companheiro e amigo. A grandeza de Eduardo White não se circunscreve somente nas letras, mas também na esfera social. Toda a sua vida foi feita para a pátria e para as pessoas que o rodeavam.

Ele entregou-se a poesia de forma coerente e sem restrições. Cultivou a forma de ser e estar na escrita de forma peculiar. Aceitou a poesia com todas as circunstâncias e com todas as consequências”.

Mesmo num mundo cheio de peripécias que a cada dia agastava-lhe “Eduardo White, através da poesia, lutou contra a imperfeição do mundo. É por isso mesmo que foi um poeta de desassossego”, afirma o titular da Cultura acrescentando que com o seu olhar crítico revelou-se atento aos problemas sociais existentes, mostrando-se capaz de transmitir-nos, através das suas obras, as dificuldades da condição humana e os princípios de uma vida justa”.

Portanto, é devido a esse inconformismo que lhe uniu às letras durante anos que “Eduardo White é e continuará sendo para sempre um poeta de amor e liberdade”.

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