Além dos 17.000 fãs, familiares e amigos que estavam no Staples Center, em Los Angeles, e dos que não conseguiram ingressos e se aglomeravam do lado de fora do estádio, milhões de pessoas em todo o mundo acompanharam e emocionaram-se com a homenagem-despedida a Michael Jackson esta terça-feira.
A cerimônia da duas horas terminou com o aparecimento de Paris, a filha de Michael Jackson, que subiu ao palco e declarou entre soluços: “desde que eu nasci, papai foi o melhor pai que vocês podem imaginar. E eu só queria dizer que o amo muito”, declarou, antes de romper em lágrimas ao da tia Janet, irmã de Michael.
Paris e seus irmãos, Prince Michael I, 12, e Prince Michael II, 7, foram ao Staples Center acompanhados dos avós e tios. No fim, subiram ao palco com várias estrelas da música e membros da família que se reuniram para cantar “We are the World”. Assim que foi concluída a cerimônia, o caixão onde estava o cantor foi levado em comboio para um destino desconhecido.
A cerimônia, que parou o centro de Los Angeles, começou com a leitura de uma mensagem enviada pelo ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. “Michael era um gigante e uma lenda da indústria musical”, escreveu o homem que liderou a luta contra o Apartheid. “Estamos de luto junto com os milhões de fãs que ele tinha no mundo inteiro”.
Em seguida, começaram as apresentações e leituras emocionadas de homenagens. A primeira a entrar no palco foi a cantora Mariah Carey, que ao lado de Trey Lorenz interpretou “I’ll be there”, sucesso dos tempos da banda Jackson 5, na qual Michael iniciou a carreira ao lado dos irmãos Jackie, Tito, Jermaine e Marlon.
A atriz e cantora Queen Latifa falou algumas palavras sobre Michael e leu o poema “We had him”, que a poeta Maya Angelou escreveu para o astro. Depois foi a vez de Lionel Richie, que cantou “Jesus is love”, e de Stevie Wonder, que dedicou ao rei do pop “Never dreamed you’d leave in summer”.
Berry Gordy, fundador da Motown – gravadora que lançou o Jackson 5 – também dirigiu algumas palavras emocionadas a Michael. A lendária atriz americana Elizabeth Taylor, amiga de muitos anos de Michael Jackson, disse que não assistiria à homenagem porque não se sente à vontade para compartilhar sua dor com o público.
“Simplesmente não acredito que Michael quisesse que minha dor fosse compartilhada com outros milhões; o que sinto é algo entre nós, não um acontecimento público”, disse a estrela em uma mensagem no Twitter. “Não posso fazer parte deste circo. Não posso garantir que falaria com coerência”, disse.
Um representante de Taylor ouvido pela AFP confirmou a autenticidade das mensagens. A cantora Diana Ross, outra grande amiga do cantor, também preferiu evitar a cerimônia. “Michael foi um amor pessoal, uma parte valiosa de meu mundo, parte do tecido da minha vida”, escreveu Ross, em mensagem lida no Staples Center.