O actor norte-americano Ernest Borgnine, cujo tipo físico levou-lhe a ficar célebre por papéis de durão no cinema, morreu, Domingo (8), aos 95 anos, segundo o seu assessor de imprensa, Harry Flynn.
Embora tenha ficado famoso por interpretar tipos maus, como no filme “A um Passo da Eternidade”, ele ganhou um Oscar pelo papel de um solitário sensível em “Marty”. O actor faleceu no Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles, de acordo com Flyyn.
Veterano da Marinha dos EUA, Borgnine tornou-se nome conhecido nos anos 1960 pelo papel dum comandante dum barco de patrulha durante a Segunda Guerra Mundial, em “McHale’s Navy”, seriado cómico da TV norte-americana.
Borgnine continou a trabalhar até bem pouco tempo atrás e foi o artista mais velho a receber um Oscar, segundo Flynn, que informou que ele recuperava-se de uma cirurgia não especificada feita havia um mês.
No entanto, a sua saúde piorou depois dum check-up, Terça-feira, no hospital. O seu último papel foi o de um paciente dum asilo num filme que vai estrear no fim do ano, “The Man Who Shook the Hand of Vicente Fernandez”.
Por essa actuação, ele ganhou um Oscar no Festival de Cinema de Newport Beach Film Festival, onde o filme fez a pré-estreia, em Abril, disse Flynn.
Com uma aparência robusta, voz rouca e um jeito duro de olhar, no começo da carreira Borgnine estava prestes a tornar-se o mau sujeito dos filmes, depois deuma série de boas performances como o durão em filmes como “Johnny Guitar”, em 1954, e “Conspiração do Silêncio”, em 1955.
A mais memorável interpretação de Borgnine como um cara ameaçador foi o seu papel de estreia em “A um Passo da Eternidade”, como o sádico sargento ‘Fatso’ Judson, que aterroriza e acaba matando o soldado Angelo Maggio, interpretado por Frank Sinatra.
