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Activistas pró-imigrantes acusam polícia de fronteira dos EUA de abuso infantil

Os activistas pró-imigrantes entraram com uma acção no governo dos Estados Unidos, esta quarta-feira (11), alegando que mais de 100 crianças imigrantes não acompanhadas sofreram abusos sistemáticos de agentes da Protecção de Fronteiras e Alfândegas do país.

A acção, dirigida ao Departamento de Segurança Interna por uma coligação de grupos, afirma que 116 jovens sofreram abusos sexuais e espancamentos, não receberam tratamento médico nem água e alimentação suficientes.

O processo vem à tona no meio de um aumento no número de crianças que tentam entrar nos EUA vindas principalmente de países da América Central na esperança de reunir-se a parentes que já estão no país.

De acordo com a queixa, as supostas violações aconteceram no Texas e no Arizona, e a idade dos jovens varia entre cinco e 17 anos, sendo a maioria deles oriunda da América Central e do México.

“Depois de completar uma viagem perigosa até os EUA, muitos são sujeitos a várias formas de abuso, assédio e outros danos nas mãos da polícia de fronteira”, afirma a acção. “As crianças relataram ter ficado detidas em celas insalubres, superlotadas e gélidas”.

O porta-voz da Protecção de Fronteiras e Alfândegas, Michael Friel, disse que maus tratos e má conduta não são tolerados e que as autoridades fizeram mais que o exigido para garantir as necessidades de crianças imigrantes não acompanhadas.

“Em face do número alarmante de crianças não acompanhadas que cruzam a fronteira no sul do Texas, os agentes da polícia de fronteira adotaram medidas extraordinárias para cuidar destas crianças enquanto estão sob custódia e para manter a segurança em instalações superlotadas”, declarou Friel.

O processo foi iniciado dois dias depois de o governo designar uma terceira base militar como alojamento emergencial para crianças imigrantes ilegais. Os grupos pró-imigrantes que entraram com a acção pressionam por uma reforma política para proporcionar aos estimados 11 milhões de imigrantes sem documentos no país uma maneira de adquirir a cidadania norte-americana.

Shawn Moran, vice-presidente do Conselho da Polícia Nacional de Fronteira, que representa 17 mil agentes e funcionários, afirmou que “a grande maioria destas alegações mostra-se infundada, ou uma tentativa pouco sutil de atrasar processos”.

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