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Activistas da Cruz Vermelha de Moçambique reivindicam incentivos

Cinquenta activistas da Cruz Vermelha de Moçambique ( CVM), ao nível da Comissão da cidade de Nampula, ameaçam paralisar grande parte das actividades de apoio humanitario caso não lhes sejam proporcionados quaisquer incentivos até ao proximo dia 10 de Julho, data em que se assinala o 30º aniversário daquela agremiação.

Três dos visados contactaram o nosso jornal, sob condição de anonimato, para denunciarem o que apelidaram de falta de sensibilidade por parte dos actuais responsáveis.

O descontentamento deriva do facto de grande parte daqqueles voluntários ter sido privada de alguns produtos alimentares, incluindo subsídios, como, aliás, era norma anteriormente.

Parte deste grupo afirma ter trabalhado sem qualquer apoio social, durante 45 dias, no Centro de Maratane, a 20 quilómetros, aproximadamente, da capital provincial, na construção de 200 abrigos para cerca de mil refugiados.

Para os nossos denunciantes, não faz sentido que a delegação da CVM continue a invocar falta de recursos financeiros localmente, uma vez que possui dois anexos e um centro social em arrendamento.

Confrontado com estas questões, Santos Inácio, vice-presidente da Comissão Provincial da CVM em Nampula, confirmou a inexistência, neste momento, de condições básicas para a disponibilização de incentivos aos cerca de 300 voluntários subscritos em toda a província.

Santos explicou, contudo, que os fundos alocados aos distritos para realização de diversos projectos sociais, beneficiam, igualmente, aos activistas locais.

Aquele responsável confirmou, sem precisar os números, o abondono de grande parte dos jovens voluntários, por se sentirem desmotivados por esta situação.

Aqueles que vieram à Cruz Vermelha de Moçambique com o propósito de obter emprego ou ganhar dinheiro já abonadonaram, realmente, a actividade, mas, nós continuamos a prestar apoio aos que sofrem. Disse Santos Inácio.

Refira-se que a CVM está actualmente empenhada na divulgação dos seus estatutos e na angariação de mais membros. A campanha, que culmina com o processo de colecta de quotas, enquadra-se na passagem dos 30 anos daquela organização humanitária.

O posto administrativo de Muhala, um dos mais populosos da cidade de Nampula acolheu, último domingo, o início das celebrações.

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