Os imigrantes que têm atravessado a Bulgária vêm enfrentando espancamentos, ameaças e outros abusos da polícia, relatou um grupo de direitos humanos nesta sexta-feira, embora a agência de refugiados do país tenha dito não ter recebido tais queixas.
Refugiados de Afeganistão, Síria e Iraque denunciaram extorsão, roubo, violência, ameaças de deportação e ataques de cães da polícia, de acordo com uma pesquisa do Centro Belgrado para os Direitos Humanos custeada pela entidade Oxfam.
A ministra do Interior búlgara, Rumiana Bachvarova, disse que irá verificar as declarações detalhadas no relatório e expressou a esperança de que a nação balcânica possa refutá-las.
“Só posso dizer que esta não é em absoluto a diretriz da polícia de fronteiras e do Ministério do Interior”, afirmou Rumiana, que também é vice-primeira-ministra, a repórteres.
“Estamos estabelecendo as condições, mas não podemos controlar cada funcionário. Espero que sejamos capazes de negar estes fatos. Esta não é nossa diretriz e eu não a permitiria.”
A Bulgária é um dos vários países do centro e do leste europeus que estão sofrendo para lidar com o maior fluxo de imigrantes e refugiados na região desde a Segunda Guerra Mundial.
O Estado membro da União Europeia e dois outros países na rota imigratória – Hungria e Eslovénia – construíram cercas para tentar conter o fluxo de pessoas, muitas das quais buscam cruzar para a Áustria e a Alemanha.