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Activista Chen diz temer uma possível perseguição ao seu sobrinho na China

O activista chinês Chen Guangcheng está preocupado com as represálias judiciais contra o seu sobrinho na China e irá trabalhar de Nova York para divulgar o seu drama, disse um apoiante, esta Quarta-feira.

Chen, que é cego e contesta a “política do filho único” adoptada por Pequim, fugiu, mês passado, da prisão domiciliar numa aldeia chinesa e chegou a Nova York, Sábado, depois de refugiar-se na embaixada dos Estados Unidos em Pequim, num caso que provocou atritos diplomáticos entre os dois países.

“Ele pode prever que mais um julgamento falso vai acontecer, e o seu sobrinho irá enfrentar uma tremenda vingança”, disse Bob Fu, presidente da entidade cristã ChinaAid, do Texas, que reuniu-se com Chen.

“Ele está muito preocupado, ele disse-me, repetidamente, que essa será a sua preocupação imediata, o seu foco. Ele irá pronunciar-se em prol do seu sobrinho, de outros familiares e de outros apoiantes que enfrentam perseguições, ele vai continuar a envolver-se a partir dos Estados Unidos”, afirmou Fu.

Chen Kegui, sobrinho do activista, foi indiciado por homicídio doloso e acusado de usar facas para afastar as autoridades locais que entraram na sua casa, a 27 de Abril, um dia depois de o governo descobrir que Chen Guangcheng havia fugido da prisão domiciliar.

Sexta-feira, as autoridades proibiram Chen Kegui de ser defendido pelo advogado que a família escolheu. Desde que deixou a prisão domiciliar, o activista, que agora vai estudar direito em Nova York, vem manifestando o temor de que os seus familiares e apoiantes sofram perseguições.

Fu disse que encontrou Chen “animado, e a melhorar fisicamente, eu acho”. Chen quebrou o pé durante a fuga, e chegou aos Estados Unidos de muletas.

Ainda segundo Fu, Chen vai manter o seu activismo vivendo nos Estados Unidos e pretende, no futuro, voltar ao seu país.

“Acho que ele vai continuar a dedicar algum tempo para pronunciar-se quando for necessário, especialmente nessa questão do Estado de direito, da injustiça que está a acontecer na China. Ele espera, certamente, que o governo chinês autorize-lhe a voltar um dia.”

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