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“Access All Areas” – Spyro Gyra

Este é de certeza um conselho circunstancial; ou seja, o momento obriga a que se faça referência a este grupo de fusão uma vez que correm rumores da possibilidade de eles poderem pisar terras “nostras”.

Eu prefiro chamá-los grupo de música instrumental; de qualquer maneira, uma vez que os próprios já há muito tempo têm acesso a todas as áreas, então não estarão mal postos na categoria Fusão.

Syro Gyra assenta em duas figuras: Jay Beckenstein que se encarrega dos saxs tenor, alto e soprano e por vezes a percussão, arranjos, composição e produção; Tom Schuman, que substitui Jeremy Wall na formação incial, é o teclista, organista, pianista, compositor e arranjador, outro pilar que suporta a estrutura do Spyro.

Dos primeiros discos de Fusão que me vieram parar à mão – na altura no formato LP – e embora tivesse pouca experiência na auscultação deste estilo musical, facilmente senti uma grande energia electrizante e com nitidez sonora que era produzida e transmitida pelos elementos do agrupamento.

Logo a abrir Access All Áreas, álbum com dez (10) faixas, gravado ao vivo em 1984, apresenta um Spyro Gyra mais alargado, ou seja, para além da secção rítmica de base designadamente, baixo, bateria e guitarra (solo) – Eli Konikoff, Kim Stone e Chet Cattalo -juntou-se-lhs Dave Samuels no vibrafone e Geraldo Vellez na percussão.

Devo confessar que fora ser um álbum cheio de energia e caracterizador do som Spyro, pouco mais tem de interessante senão o facto de ter sido gravado ao vivo e, se calhar, daí a energia que emana.

A área sonora tem como porta de acesso Shaker Song, ritmo bem balanceado, que convida a um shaking da cabeça aos pés e que de certa maneira provoca um certo feeling nostálgico. Tema conduzido por Beckenstein no sax soprano, sempre numa passeada entre o tema e escapadelas melódicas em solo numa alusão sempre ao tema; o solo, esse, é assegurado pelo vibrafone de Daves Samuels e, como não podia deixar de se,r com linhas bem calibradas bem ao estilo calipso. Conversations, a quinta faixa, é de certeza o tema mais bem elaborado, com uma estrutura bem no estilo fusão da época, com momentos de walking bass em que mais uma vez o vibrafone de Samuels tem uma execução em crescendo perfeita em que o seguimento é feito pelo teclado de Schuman depois com solo curto intercalar da bateria de Kim Stone, termina o tema num ritmo walking bass, straight ahead jazz, em que a conversação em “duelo” é feito entre o vibrafone, teclado, guitarra e soprano. Mais dois temas me ficam presos no ouvido neste Access All Areas, são eles: Morning Dance e Sea Biscuit. O primeiro porque é daqueles temas de que se gosta logo à primeira audição da combinação harmónica, pois ela é tão evidente sobretudo com enquadramento do solo de guitarra e porque sugere mesmo uma dança matinal regada de doçura e brisa fresca; já o segundo remete-nos para um Spyro com tendências afro-funk, enquandramento perfeito do mute stacado e do solo da Gibson

de Chet Catallo. Definitivamente, um disco que caracteriza a sonoridade dos Spyro Gyra. Entre no amozon.com.

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