Devido à insuficiência de oficiais superiores no exército moçambicano, o governo pretende incentivar a introdução de novas especialidades na Academia Militar, com vista a garantir a ampliação de formação de quadros do sector, como uma das formas de reduzir a demanda.
Paulino José Macaringue, Chefe do Estado Maior e General do Exercito de Moçambique, que revelou a informação à nossa reportagem, à margem das cerimónias comemorativas do Dia da Academia Militar e Juramento de Bandeira, sexta-feira última, em Nampula, disse que a medida tem por objectivo colmatar a escassez de quadros permanentes nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Paulino Macaringue referiu que a Academia Militar vai continuar a ministrar as aulas teórico-práticas, de laboratório, além de seminários, conferências, trabalhos de investigação , de acordo com as áreas curriculares que integram os planos dos diversos cursos, como forma de os estudantes assimilarem convenientemente as matérias. Existem áreas de especialidades de ciências militares que a Academia ainda não está a ministrar. Por isso, estamos empenhados na sua introdução.
Também apostamos na formação quantitativa dos oficiais superiores, cujos números ainda não são satisfatórios. Revelou a fonte, acrescentando que o sector que dirige está a envidar esforços juntos dos principais parceiros, com vista a aumentar os cursos e especialidades na Academia Militar. Refira-se que a Academia Militar conta, principalmente, com o apoio de Portugal, que detém uma maior participação em todas as áreas, Grã- Bretanha, Estados Unidos da América, República Popular da China, além de outros países que mantém, desde longa data, relações de amizade e cooperação na área militar com o nosso país.
